INTERNACIONAL

Evento reuniu universitários de diversos países da América do Sul para apresentação de trabalhos acadêmicos


“A troca e pertencimento de identidade sul-americana foram umas das coisas mais marcantes do evento, que realmente transformam completamente a percepção e o olhar como profissional, a partir da vivência na prática nesse caldeirão tão propício para experiências positivas”, descreve o mestrando em Saúde Coletiva na UnB Pedro Emanuel, premiado no evento. Foto: Arquivo Pessoal

 

Com a temática Pesquisa Científica e Tecnológica para um desenvolvimento sustentável, a XXX Jornadas de Jovens Pesquisadores, da Associação das Universidades do Grupo Montevidéu - AUGM, ocorreu entre os dias 11 a 13 de outubro na Universidade Nacional de Assunção (UNA), no Paraguai. A UnB é membro da associação e foi representada com os trabalhos de dez estudantes de graduação e pós-graduação no evento, no qual dois receberam premiações. A Jornada de Jovens Pesquisadores (JJI, da sigla em espanhol) existe desde 1993.

 

Os trabalhos apresentados pelos discentes da Universidade de Brasília foram selecionados por meio de edital da Secretaria de Assuntos Internacionais (INT/UnB). “Fazemos um esforço na INT para consolidar a marca da Universidade com parceiros internacionais, e o fato de termos levado esse número de estudantes para apresentar trabalhos acadêmicos de qualidade, junto a outras instituições, colabora para esse esforço de consolidação internacional da marca da UnB”, ressalta o secretário da INT, Virgílio Almeida.

 

Almeida acentua também a importância de os alunos acessarem espaços fora da Universidade e, em especial, fora do Brasil, para avaliar como a pesquisa que desenvolvem é recebida pela comunidade internacional. 

“Acredito que quando participamos desses eventos no exterior, também conseguimos evidenciar e mostrar para população o que estamos desenvolvendo na Universidade, demonstrar as pesquisas de qualidade que produzimos”, afirma a discente Sofia Valadares. Foto: Arquivo Pessoal

 

PREMIADOS NA JJI – A estudante do nono semestre do curso de Psicologia Sofia Valadares Nishiyama, 21, foi uma das vencedoras. Ela avalia que a presença no evento criou oportunidades para o trabalho e um futuro mestrado.

 

“Conversei com muitos estudantes de vários estados brasileiros e também de diferentes países, e pude ver como realmente a ciência é ampla.É enriquecedor e me abriu muitos horizontes. Tive também oportunidade de pensar ciência de uma forma diferente, de conseguir compreender o ensino superior no Brasil, mas também na América Latina, e, consequentemente, de valorizar mais esse conhecimento compartilhado. Então, ter escutado trabalhos variados e vivenciado essa oportunidade foi muito interessante para a expansão do imaginário, e da concepção de ciência e estudos de educação”, conta a discente.

 

Sofia apresentou o trabalho Adaptação e avaliação dos indícios de validade do inventário de prontidão para a mudança organizacional, com dados de uma empresa estadunidense.

 

“A prontidão para a mudança organizacional é um conceito da Psicologia que discorre sobre a motivação e a disposição dos funcionários das empresas para implementarem mudanças. Então, mudanças organizacionais só ocorrem se empregados e colaboradores tiverem disposição e quiserem, de fato, implementá-las”, descreve.

 

“Fiz a adaptação cultural para o Brasil e depois avaliei os indícios de validade. Logo, observei estatisticamente se esse inventário realmente apresentava indícios de validade, ou seja, se media o que estava se propondo e o trabalho concluiu que sim, desse modo pode ser ser utilizado no país”, completa.

 

Já o fisioterapeuta e mestrando em Saúde Coletiva Pedro Emanuel Fernandes, 24, conquistou a premiação com o trabalho Projeto de Extensão como mecanismo de garantia do direito à Saúde: Saúde Integral em Comunidades Carentes do DF.

Para Pedro Emanuel, o projeto permite que estudantes tenham um ”processo de aprendizagem mais aprofundado e envolvido com um outro olhar, que não teriam de outra forma ao longo da graduação”. Foto: Arquivo Pessoal

 

Pedro diz que essa é a segunda vez que viaja para o exterior – a primeira também foi oportunizada pela UnB para apresentação de trabalho acadêmico durante a graduação. “A UnB dá toda a estrutura para conseguirmos ir para fora do Brasil. São oportunidades que eu não teria se não fosse a Universidade de Brasília”, reforça.

 

Fernandes relata que seu artigo exibe a trajetória da articulação entre a UnB e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), para atender populações vulneráveis no Sol Nascente, região administrativa do DF: “a ideia era justamente mostrar para outros pesquisadores como é feita essa dinâmica no DF. Para que, talvez, possa ser replicado lá, ou que, a partir dessas ideias, retirem iniciativas mais próximas das realidades nacionais”.

 

A partir do compartilhamento da pesquisa, o mestrando almeja provocar reflexão nos participantes, de um ponto de vista mais abrangente: "Espero que enseje investigações sobre mecanismos em que as universidades podem também cooperar no processo de garantia de direitos”.

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

 

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