INTERNACIONALIZAÇÃO

Torneio voltado para estudantes universitários teve 12 concorrentes indicados por unidades do instituto pelo Brasil. Vencedor representará o país na China

Além das competências no idioma, o torneio testa desempenho em arte e cultura chinesas. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

Habilidades de discurso, escuta e leitura da língua chinesa foram testadas em etapa da 22ª Competição de Proficiência em Língua Chinesa para Estudantes Universitários (Eliminatórias do Brasil) Chinese Bridge, realizada no Centro Cultural da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) em 28 e 29 de abril. A Embaixada da República Popular da China no Brasil e o Instituto Confúcio na Universidade de Brasília promoveram a atividade. O objetivo é promover e fomentar o estudo da língua e da cultura chinesa como um instrumento de diálogo intercultural e de união entre os povos.

Vice-reitor da UnB, Enrique Huelva esteve presente na abertura e exaltou a trajetória do Instituto Confúcio na UnB. Fundada em 2008, a unidade abriu mais de 200 turmas de língua chinesa desde 2009, com cerca de 2,7 mil estudantes. “Por meio do ensino da língua chinesa e da cultura, conseguimos construir essas pontes tão necessárias entre os povos, para a aproximação e o entendimento mútuo. Costumo dizer que a língua e a cultura são as portas de entrada para todo o resto. Para que o comércio dê certo, para que o entendimento a nível científico e tecnológico dê certo”, destacou Enrique Huelva. Em janeiro, Huelva foi agraciado com o título de Guardião da Fraterna Integração Brasil-China.

O Embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, conectou seu discurso com a campanha da UnB em 2023: Futuro é Agora. “É um lema filosófico e inspirador, que nos faz pensar em como podemos aproveitar o presente e ajudar a juventude a construir um futuro. Nesse sentido, compartilho aqui três palavras. A primeira é chave. Dominar um idioma é como ter chave de acesso a um país e a uma cultura. A segunda é semente. Que mais esforços sejam feitos para oferecer serviço de ensino de língua chinesa de alta qualidade à população brasileira, para criar raízes e gerar frutos da semente do diálogo, da harmonia e da amizade. A terceira é pontes. No ano que vem, celebramos o 50º aniversário das relações diplomáticas entre Brasil e China. Que nos próximos 50 anos, tenhamos mais pontes de conhecimento entre os dois países”, declarou.

O vice-reitor Enrique Huelva e o embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, deram as boas-vindas aos competidores. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

O torneio visa criar um ambiente em que jovens estudantes brasileiros de chinês possam demonstrar seus avanços com o idioma, estabelecendo uma plataforma de comunicação e aprendizado mútuo. Ao todo, 12 competidores de todas as regiões do Brasil participaram da eliminatória. Eles foram indicados por unidades do Instituto Confúcio pelo país. Os estudantes foram avaliados em três etapas: apresentação oral em forma de discurso; testes de competência de escuta e leitura; e apresentação de talentos relacionados à cultura chinesa.

Gabriel Amaral Bechara, do Instituto Confúcio na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), conquistou o primeiro lugar da etapa realizada em Brasília. Ele vai representar o Brasil nas finais, na China, ainda sem data definida. O segundo lugar ficou com Maria Victoria de Souza Sanguinett, do Instituto Confúcio na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Igor Yudi Sasada, do Instituto Confúcio na Unicamp, e Paloma Guieiro Nunes, do Instituto Confúcio na Universidade Estadual Paulista (Unesp), dividiram a terceira posição.

Nas redes sociais, Gabriel Bechara comemorou o primeiro lugar. “Passou um filme na minha cabeça, relembrando não apenas tudo o que fiz para chegar até aqui, mas principalmente todos aqueles que contribuíram nessa trajetória”, escreveu. E garantiu: “Minha história com o Brasil e a China não termina por aqui”.

Neste ano, o tema da competição é Um mundo, uma família. A abertura da etapa eliminatória do Brasil contou com uma apresentação de dança típica chinesa. Três professoras vestidas com hanfu – traje tradicional chinês, muito semelhante a um quimono –, performaram um balé fluido, mostrando um pouco da música e da dança dessa civilização milenar e, ao mesmo tempo, moderna.

A diretora do Instituto Confúcio da UnB, Xiaojuan Lu, ressaltou a importância da competição para a Universidade de Brasília. “Primeiro, este evento permitiu que mais pessoas soubessem que o instituto na UnB é um bom lugar para aprender chinês e que, aqui, as pessoas não apenas aprendem um idioma, mas também têm chances de fazer novos amigos, encontrar um novo mundo, obter oportunidade de ir para a China. Em segundo lugar, o evento aumentará e difundirá a influência da UnB em Brasília e em outros lugares. Isso mostrará que a UnB tem disposição para o contato com o mundo exterior”, disse.

 

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