GESTÃO

Parecer ressalta compromisso da UnB com agenda dos direitos humanos, tratando os temas de forma transversal

Ações institucionalizadas tornam a UnB cada vez mais humana. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

A Câmara de Direitos Humanos (CDH) da UnB aprovou o relatório das Ações de Direitos Humanos da Universidade de Brasília em 2022. O documento, que havia sido apresentado em abril na CDH, detalha as atividades e as ações de promoção e proteção de direitos humanos na UnB executadas no ano passado. A aprovação aconteceu na última segunda-feira (26), em reunião no Salão de Atos da Reitoria.

Elaborado pela professora Flávia Biroli, o parecer foi lido pela secretária de Direitos Humanos, Déborah Santos. A parecerista argumentou pela aprovação do relatório, “que demonstra que as ações de direitos humanos são transversais à estrutura da Universidade de Brasília, atestando a prioridade que vem sendo dada a essa agenda, para além do trabalho desenvolvido pela SDH”.

A reitora Márcia Abrahão ressaltou que, apesar dos ataques e dos boicotes às universidades públicas nos últimos anos, principalmente por meio da retirada de recursos, a UnB avançou na promoção dos direitos humanos. “Mesmo com os cortes orçamentários, conseguimos, por exemplo, ampliar a assistência estudantil, o auxílio-creche e as ações de acessibilidade”, disse.

Reunião da Câmara de Direitos Humanos aconteceu no Salão de Atos, em formato híbrido. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

Para Ela Wiecko, membra da CDH, o relatório das ações dá conta de tudo o que foi feito. "A impressão é de que a gente está dando uma resposta sobre as políticas de direitos humanos de modo transversal, ainda que a transversalização total, em todos os níveis, seja um desafio", argumentou.

Na reunião, a secretária Déborah Santos também apresentou ações da SDH planejadas para os próximos meses. “Além de acolhimento de várias demandas, estamos desenvolvendo o curso Maria da Penha Vai à Universidade e atividades de capacitação, não só para nossa comunidade”, afirmou.

CONTEÚDO – O relatório reúne informações da Secretaria de Direitos Humanos (SDH); dos decanatos de Assuntos Comunitários (DAC), de Extensão (DEX), de Ensino de Graduação (DEG), de Gestão de Pessoas (DGP), de Pós-Graduação (DPG); de Pesquisa e Inovação (DPI), de Administração (DAF), e de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO).

Constam, ainda, as iniciativas das secretarias de Comunicação (Secom), de Infraestrutura (Infra), do Patrimônio Imobiliário (SPI), e de Tecnologia da Informação (STI); da Biblioteca Central (BCE); do Hospital Universitário (HUB); e da Rádio e Televisão Universitárias (UnBTV).

Entre diversas ações documentadas, estão entre os destaques a extensa programação do Novembro Negro; o acompanhamento contínuo dos estudantes indígenas; o Projeto #8MUnB2022, com a conferência de abertura Política de Igualdade de Gênero na UnB: trajetória, desafios e perspectivas – UnB 60 anos; e o combate à LGBTfobia.

O relatório ressalta cinco projetos de extensão desenvolvidos no ano passado no campo dos direitos humanos: dois no Polo Regional Ceilândia/Estrutural, um no polo do Paranoá, um no do Recanto das Emas e um no Kalunga. Houve também a ampliação do acesso de estudantes a programas de permanência na UnB e implementação de ações de promoção de acessibilidade, com acolhimento e prioridade de matrícula.

A reitora Márcia Abrahão preside a Câmara de Direitos Humanos. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

HISTÓRICO – A criação da Câmara de Direitos Humanos foi aprovada, por unanimidade, pelo Conselho Universitário (Consuni), em outubro de 2021. Com a criação da CDH, foi estabelecido um espaço institucional permanente para a promoção dos direitos humanos de forma transversal no ensino, na pesquisa e na extensão.

Presidida pela reitora, a CDH é composta pelos decanos, representantes do Sindicato de Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub); da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB); do Diretório Central dos Estudantes (DCE); da Associação de Pós-Graduandos Ieda Delgado (APG); de cada grande área do conhecimento; dos campi – Ceilândia (FCE), Gama (FGA) e Planaltina (FUP) –, todos com afinidade acadêmica e/ou atuação na área de direitos humanos.

 

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