RECONHECIMENTO

Ao todo, seis projetos venceram o Prêmio Anual de Direitos Humanos Anísio Teixeira e o Prêmio Anual de Educação em Direitos Humanos Mireya Suárez

Os prêmios são uma forma de a UnB reconhecer ações de fomento e defesa dos direitos humanos realizadas pela comunidade universitária, com resultados concretos na sociedade. Foto: Anastácia Vaz/Secom UnB

 

A Secretaria de Diretos Humanos (SDH) da Universidade de Brasília realizou a cerimônia de entrega do Prêmio Anual de Direitos Humanos Anísio Teixeira e o Prêmio Anual de Educação em Direitos Humanos Mireya Suárez. O reconhecimento é uma forma de valorizar e incentivar iniciativas e práticas pedagógicas sob a coordenação de coletivos e membros da comunidade universitária. Ao todo, foram seis vencedores e três menções honrosas. O evento ocorreu nesta segunda-feira (11), no auditório da Reitoria, campus Darcy Ribeiro.

 

“A Universidade de Brasília continua honrando a sua história, continua honrando Darcy [Ribeiro] e Anísio [Teixeira] com nossa bela Política de Direitos Humanos”, celebrou a reitora Márcia Abrahão. A gestora destacou que o engajamento da comunidade é fundamental para que, de fato, haja o desenvolvimento social.

A mesa composta pela jurada Ela Wiecko; pela secretária de Direitos Humanos, Deborah Santos; pela reitora Márcia Abrahão; pela decanta de Extensão Olgamir Amancia; e pela jurada Nair Bicalho salientou o compromisso da UnB na promoção da dignidade nas mais diversas dimensões. Foto: Anastácia Vaz/Secom UnB

 

“Não adianta criarmos a Política de Direitos Humanos, a Câmara de Direitos Humanos e a Secretaria de Direitos Humanos se não conseguirmos avançar na mudança de cultura da nossa sociedade. E a UnB tem tido esse papel ao longo da sua história. Ela provoca a mudança de cultura na sociedade”, disse a reitora.

 

A secretária de Direitos Humanos, Deborah Santos, avaliou que os prêmios Anísio Teixeira e Mireya Suárez são ferramentas importantes para divulgar iniciativas que impactam a garantia da dignidade nas mais diversas dimensões. “É uma felicidade estar aqui, parabenizo a todos que se inscreveram. Vamos incentivar e fazer que cada vez mais ações aconteçam. E a proposta é essa, de conhecer ações que muitas vezes já estão consolidadas, mudando a vida das pessoas, trazendo mais pessoas para dentro da Universidade, promovendo os direitos humanos.”

 

ANÍSIO – O Prêmio de Direitos Humanos Anísio Teixeira é destinado a ações de excelência realizadas no ensino, na pesquisa e na extensão universitária, em três categorias: Igualdade, diversidade e não discriminação; Saúde, meio ambiente e bem-estar; e Democracia e participação.

 

Na categoria Igualdade, diversidade e não discriminação, o vencedor foi Jogos Violetas e Vidas Violetas: centralidade do lúdico à produção de sentidos reflexivos sobre gênero, diversidade e cidadania proposto pelo Núcleo de Estudos em Educação e Promoção à Saúde (Nesprom/Ceam). O projeto Diálogos com o Laboratório Lélia Gonzalez: o ensino de Sociologia e as relações étnico-raciais elaborado pelo próprio laboratório do Instituto de Ciências Sociais (ICS) recebeu menção honrosa.

 

A categoria Saúde, meio ambiente e bem-estar premiou os projetos de extensão NEv Kalunga e NEv Chapada do Núcleo de Evidências em Saúde (NEv/FS). O Projeto ObservInfo nas Escolas, proposto pelo Observatório Internacional Estudantil da Informação (ObservInfo/JOR/FAC), conquistou o prêmio na categoria Democracia e participação.

O Prêmio de Direitos Humanos Anísio Teixeira é destinado a ações de excelência realizadas no ensino, na pesquisa e na extensão universitária. Arte: Secom UnB

 

MIREYA – O Prêmio Mireya Suárez reconhece práticas pedagógicas emancipatórias de direitos humanos desenvolvidas no âmbito da UnB. A premiação é dividida em quatro categorias. São elas: Educação básica; Educação superior; Educação em contextos não escolares e Educação para profissionais do sistema de justiça e/ou de segurança. Nesta última, não houve inscritos este ano.

 

A categoria Educação básica premiou o projeto Política na Escola – 20 anos de Educação Política na Periferia do DF proposto pela iniciativa de extensão Política na Escola (Ipol/UnB). Houve uma menção honrosa para o Ciências Sociais nas Escolas (ICS), projeto de extensão com mesmo nome.

 

Educação Matemática em Direitos Humanos, Diversidade, Diferença e Inclusão proposto pelo grupo de pesquisa Dzeta Investigações em Educação Matemática (DIEM/PPGE/FE) venceu na categoria Educação superior. A menção honrosa ficou com o projeto Gênero e Cinema desenvolvido pelo Grupo de estudos e pesquisa sobre Gênero, Política Social e Serviços Sociais (Genposs), do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam).

 

Por fim, na categoria Educação em contextos não escolares, o ganhador foi o projeto Cravinas – Prática em Direitos Humanos e Direitos Sexuais e Reprodutivos (FD), pela iniciativa Nossas Conversas: Feminismos. No ano passado, o Cravinas conquistou o Prêmio de Direitos Humanos Anísio Teixeira na categoria Saúde, Meio Ambiente e Bem-Estar.

O Prêmio Mireya Suárez reconhece práticas pedagógicas emancipatórias de direitos humanos desenvolvidas na UnB. Arte: Secom UnB

 

ALÉM DOS CAMPI – Decana de Extensão, Olgamir Amancia parabenizou os vencedores. “Estamos construindo uma Universidade cada vez mais inclusiva e cuidadosa”, afirmou. A decana salientou o papel da extensão na relação da UnB com a comunidade. “São projetos diversos, todos muito comprometidos com a realidade, com o território, com a superação das desigualdades e a valorização dos sujeitos. E nós, do DEX, comemoramos muito o fato de que a maioria dos contemplados são projetos de extensão.”

 

Membra do corpo de juradas dos prêmios, Ela Wiecko reafirmou a fala da decana Olgamir Amancia. “A maioria dessas iniciativas são de projetos de extensão. Isso mostra todo o esforço que nós da Universidade temos feito no sentido de valorizar a extensão, que nos permite o contato com a sociedade.”

 

“Nós vivemos um momento em que os direitos humanos e a educação crítica para a paz são fundamentais. E temos uma universidade de ponta nessa temática. Vocês estão dando continuidade a esse trabalho, cada um com seu projeto, com a sua iniciativa, individual ou coletiva, garantindo que a Universidade de Brasília continue a ser a vanguarda na política dos direitos humanos”, defendeu a também membra do júri Nair Bicalho.

 

JÚRI – As docentes e juradas que compõem a comissão de avaliação dos projetos inscritos para concorrer aos prêmios – Mônica Nogueira, Nair Bicalho e Ela Wiecko – apresentaram a proposta com os seis vencedores e as três menções honrosas em reunião da Câmara de Direitos Humanos (CDH), realizada em 20 de novembro.

 

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