COVID-19

Serviço tem capacidade para processar cem exames RT-PCR por dia

Inaugurado na quinta-feira (4), o Laboratório de Diagnóstico Molecular do HUB vai processar os testes RT-PCR de pacientes e funcionários do hospital. Foto: Ascom HUB

 

O espaço é novo, foi construído exclusivamente para receber o Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital Universitário de Brasília (HUB/UnB). A partir de agora, é lá que serão processados os testes RT-PCR de pacientes e funcionários do HUB. O exame é usado para diagnóstico da covid-19. A inauguração oficial do laboratório ocorreu nesta quinta-feira (4) e foi transmitida ao vivo pelo Microsoft Teams.

 

“Concretizamos mais uma vez a missão do hospital universitário, tanto na formação de pessoas quanto no enfrentamento à pandemia. É um presente para nós e para a comunidade”, afirmou a superintendente do HUB, Elza Noronha. “É um momento muito especial. O laboratório que hoje temos a oportunidade de ver nascer servirá para a área da pesquisa, que é fundamental”, acrescentou o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC), Oswaldo Ferreira. 

Participaram da inauguração do Laboratório de Diagnóstico Molecular a reitora da UnB, Márcia Abrahão; o ministro da Educação, Milton Ribeiro; a superintendente do HUB, Elza Noronha; e o presidente Ebserh/MEC, Oswaldo Ferreira. Foto: Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh

 

Os recursos usados para a construção do laboratório vieram de um projeto de pesquisa da UnB, financiado pelo Ministério da Educação (MEC), que destinou R$ 6,5 milhões para iniciativas desenvolvidas pela Universidade no combate à pandemia.

 

Desse total, R$ 2,8 milhões foram investidos na construção, compra de insumos e equipamentos, e contratação de pessoal para o laboratório.

 

“É mais uma demonstração da importância das universidades no enfrentamento à pandemia e da capacidade de dar soluções rápidas e de qualidade para os problemas do país”, disse a reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão.

 

“Fico feliz em ver que os recursos do governo federal estão sendo muito bem usados. Esse novo laboratório, que agora está respondendo uma pergunta da sociedade a respeito dos testes, no futuro vai poder ampliar sua atuação”, completou o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

 

CAPACIDADE – Inicialmente, o laboratório tem capacidade para processar cem testes RT-PCR por dia. Além das amostras de pacientes e funcionários do hospital, também serão analisados exames usados em projetos de pesquisa desenvolvidos no HUB. A previsão é que os resultados estejam prontos em até 24 horas.

 

Com uma área de 130 metros quadrados, o espaço conta com equipamentos modernos, insumos e uma equipe formada por três farmacêuticas. Para armazenar as amostras dos exames, estão disponíveis dois ultracongeladores, capazes de atingir a temperatura de -80 graus, além de dois freezeres e quatro geladeiras. O laboratório também tem salas de paramentação e desparamentação, para garantir a segurança dos trabalhadores. 

 

Embora tenha sido construído para contribuir no enfrentamento à pandemia de covid-19, futuramente o espaço poderá ser usado também para o diagnóstico molecular de outras doenças. “É um legado para o HUB e uma estrutura permanente para a área de pesquisa do hospital. E nesse momento de pandemia, vamos garantir um resultado mais rápido e diminuir a sobrecarga do Lacen”, explicou o chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUB, Rodrigo Haddad.

O laboratório tem capacidade para processar cem testes RT-PCR por dia. A previsão é que os resultados estejam prontos em até 24 horas. Foto: Ascom HUB

 

TESTES RT-PCR – O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen) é responsável por processar todos os testes RT-PCR realizados na rede pública do DF. O exame é feito a partir da coleta de material genético da mucosa do fundo do nariz do paciente, por meio de um cotonete, e identifica se o novo coronavírus está presente no corpo da pessoa.

 

Em 2020, o Lacen analisou 166.722 exames. Este ano, já foram processados cerca de 15 mil testes. Com a construção do laboratório do HUB, as amostras coletadas no hospital não serão mais enviadas ao Lacen. “O HUB é mais um parceiro que podemos contar nessa luta incessante que é o diagnóstico do coronavírus”, garantiu a diretora do Lacen, Grasiela Araújo.

 

Foi no Laboratório Central que as três farmacêuticas contratadas para atuar no HUB fizeram o treinamento para desenvolver o trabalho. “Montar o laboratório e decidir a rotina é uma experiência muito enriquecedora. Sinto orgulho em dizer que estou trabalhando na linha de frente da covid-19 e espero contribuir no enfrentamento à pandemia”, contou a farmacêutica Tatyane Quintão.

 

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