PESQUISA E ESPERANÇA

Projeto em parceria com Instituto Butantan e HUB está em fase de estruturação. Não há previsão para início dos testes em voluntários

Expectativa é que a UnB inclua 850 profissionais de saúde DF como voluntários nos testes. Foto: Jefferson Peixoto/Prefeitura Municipal de Salvador

 

A Universidade de Brasília participa de um ensaio clínico nacional para testar a eficácia da CoronaVac, uma vacina contra o novo coronavírus em humanos. Desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a vacina está em fase de testes e será aplicada em 9 mil voluntários de todo o país.

 

Na UnB, a pesquisa é coordenada pelo professor Gustavo Romero, pesquisador do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade, em parceria com o Setor de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “Nossa perspectiva é bastante positiva com este projeto. No momento, estamos trabalhando para viabilizar questões técnicas e científicas. Não descansaremos até termos o primeiro paciente vacinado”, diz Romero.

 

A CoronaVac é uma vacina inativada aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias. Os resultados apresentados na fase de desenvolvimento foram considerados promissores, resultando na produção de anticorpos neutralizantes em 90% dos participantes que receberam a imunização.

 

“Sabemos que a produção de uma vacina eficaz e segura será a principal medida de saúde pública no combate à pandemia, sobretudo ao considerar a alta taxa de contágio do vírus Sars-CoV2 e a falta de medicamentos comprovadamente eficazes e disponíveis à população”, observa Dayde Mendonça, professora da Faculdade de Ciências da Saúde (FS) e gerente de Ensino e Pesquisa do HUB. Ela integra a equipe que conduzirá os testes no hospital.

 

O ensaio clínico nacional é coordenado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o professor Romero, a UnB espera incluir aproximadamente 850 participantes voluntários nos testes, sendo eles profissionais de saúde maiores de 18 anos, saudáveis e que não tenham sofrido infecção assintomática ou a doença causada pelo Sars-CoV2.

 

A professora Dayde Mendonça frisa que o envolvimento na pesquisa trará repercussão positiva para os profissionais do HUB e para os demais que atuam na saúde no Distrito Federal. “Participar de um estudo de relevância internacional, que contribuirá para o aprimoramento e qualificação da equipe em pesquisa clínica envolvida, formada prioritariamente por profissionais do HUB, também nos permitirá oferecer aos profissionais de saúde do DF o acesso imediato a uma promissora tecnologia de proteção à saúde”, aponta.

 

Mais informações sobre a escolha dos participantes serão divulgadas em breve.

 

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