INTERNACIONALIZAÇÃO

Grupo de universidades brasileiras quer estabelecer relações com instituições de ensino superior associadas ao Eurasian Universities Union (Euras)

Presidente da Andifes, a reitora Márcia Abrahão destacou que mais de 89 mil estudantes brasileiros participam de programas de mobilidade acadêmica. Foto: Divulgação/Eurasian Higher Education Summit - EURIE 2024

 

Na presidência da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a reitora Márcia Abrahão participou do evento Higher Education Summit 2024 (Eurie), em Istambul, na Turquia, entre 27 e 29 de fevereiro. O principal objetivo do encontro foi estabelecer redes de intercâmbio acadêmico entre as universidades brasileiras associadas ao GCUB e as universidades associadas ao Euras.

A iniciativa é realizada por meio de parceria entre o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) e a Eurasian Universities Union (Euras). O Euras conta com 147 instituições de 47 países dos continentes europeu e asiático. Na segunda-feira (26), ao lado do vice-presidente da Andifes e do GCUB, Valder Steffen Junior, reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Márcia Abrahão apresentou documentos com informações das 69 universidades federais que compõem a Andifes.

“Temos, hoje, entre nossas associadas, as mais bem ranqueadas instituições de ensino superior do Brasil. Nos destacamos no desenvolvimento de pesquisa e tecnologia e no contato da academia com a sociedade. São mais de um milhão de estudantes de graduação e 200 mil nos programas de mestrado e doutorado, que acessam um ensino gratuito e de qualidade, garantidos pela nossa missão em fortalecer a educação do país”, detalhou a reitora.

Na quarta-feira (28), Márcia Abrahão participou do painel Higher Education and Internationalization in Brazil, que discutiu a internacionalização da educação superior no Brasil. Dados da Unesco apresentados pela reitora durante a palestra destacaram a participação de mais de 89 mil discentes brasileiros nos programas de mobilidade e a presença de cerca de 22 mil estrangeiros estudando no Brasil. A UnB, desde 2021, teve 375 graduandos em mobilidade acadêmica e recebeu 112 discentes de outros países.

O encontro ocorreu em Istambul, entre 27 e 29 de fevereiro, com a participação de universidades europeias, asiáticas e latino-americanas. Foto: Divulgação/Eurasian Higher Education Summit - EURIE 2024

 

“Nossa excelência segue sendo reafirmada pelos rankings internacionais, e hoje somos a 11ª melhor da América Latina. Nossa participação neste evento fortalece ainda mais as conexões com outros países e garante a expansão das redes de contato em todos os continentes”, afirmou a reitora.

Além da reitora Márcia Abrahão, o debate sobre a internacionalização da educação superior no Brasil teve a participação do reitor da UFU, Valder Steffen Junior; e da diretora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cássia Turci. A moderadora da conversa foi a diretora executiva do GCUB, Rossana Valéria de Souza e Silva.

GCUB – O Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) é uma associação da sociedade civil sem fins lucrativos, de caráter acadêmico, científico e cultural. Foi fundada no dia 29 de outubro de 2008, em Brasília, com o nome de Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. Essa denominação foi alterada formalmente no dia 30 de outubro de 2020 em assembleia extraordinária. Atualmente, é composta por 89 universidades brasileiras.

No Brasil, as ações do GCUB recebem o apoio, entre outros, do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), especialmente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), por intermédio da Divisão de Temas Educacionais e Língua Portuguesa (Delp).

Os programas e projetos do GCUB são destinados a estudantes de graduação e de pós-graduação, bem como a pesquisadores e professores de todas as áreas do conhecimento. Por meio desses programas, milhares de estudantes brasileiros e estrangeiros têm a oportunidade de aprimorar seus estudos e de compartilhar valores e visões com pessoas de outras culturas. Essa mobilidade acadêmica também propicia o conhecimento de diferentes sistemas educacionais e de pesquisa, e distintos percursos de formação acadêmica.