DIÁLOGO

Troca da rede elétrica, mais vigilantes e rondas e investimento em obras foram as principais reivindicações apresentadas em reunião na FAL

Um dos pedidos da comunidade da FAL é a criação de novas salas de aula para atender à demanda crescente de estudantes que frequentam o local. Foto: Guilherme Marinho/Ascom GRE

 

A Administração Superior da UnB visitou a Fazenda Água Limpa (FAL) para dialogar com os profissionais que atuam no local. No encontro, servidores e funcionários terceirizados puderam apresentar demandas e tirar dúvidas. Os principais assuntos discutidos foram segurança, infraestrutura e orçamento. A reunião ocorreu na sede da Fazenda, nesta terça-feira (16).

A reitora Márcia Abrahão destacou o apoio que o local oferece a diversas unidades acadêmicas no ensino, na pesquisa e na extensão e celebrou conquistas da FAL, como a 2ª Feira do Produtor Rural da UnB, realizada na Semana Universitária, em 2023. O evento promoveu a integração entre produtores rurais, pesquisadores e estudantes, por meio da troca de conhecimentos e experiências sobre agricultura, zootecnia, engenharia agrícola e engenharia de alimentos. ”A gente só tem a agradecer e parabenizar”, disse a reitora.

O diretor da FAL, Reginaldo Pereira, contou um pouco sobre a Fazenda. Ele informou que o local tem uma área de 4.340 hectares, o que equivale a cerca de cem vezes a área do campus Darcy Ribeiro. São 41 trabalhadores agropecuários, como tratadores de animais, supervisores de campo e tratorista; e oito servidores técnicos lotados na unidade.

“Atendemos, aproximadamente, 2,2 mil estudantes de diversos cursos. Aqui, temos hortas, fruticultura, viveiro florestal com espécies nativas do Cerrado e floresta plantada, por exemplo. Na produção animal, a fazenda tem gado de leite e de corte, suinocultura, centro de manejo de ovinos, piscicultura, equinocultura, entre outros. Aqui é um grande centro de pesquisa, ensino e extensão”, enumerou o diretor.

MELHORIAS – Docente da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV), Marcelo Faggioni pediu a ampliação da infraestrutura na Fazenda Água Limpa. “Precisamos de mais salas de aulas e banheiros, e um auditório para eventos. Estamos com limitação no espaço em relação ao número de alunos”, ponderou.

Já a médica veterinária Juliana Sales citou que, esporadicamente, a FAL sofre com queda de energia. “Vejo que um grande problema aqui é a parte elétrica”. O secretário de Infraestrutura Augusto Dias adiantou que fará uma reunião para avaliar as necessidades da Fazenda e buscar soluções. “Não descartamos a ideia de substituição da rede (elétrica)”, disse.

Marcelo Faggioni e o servidor técnico em agropecuária e atual coordenador de segurança da FAL, Daniel Flanklin, explicaram que, devido à extensão da área da Fazenda, existe uma sensação de insegurança no local. “Acredito que um número maior de vigilantes vai melhorar o cuidado patrimonial das pessoas e dos equipamentos da FAL”, avaliou o docente da FAV.

A reitora Márcia Abrahão agradeceu à dedicação dos profissionais que atuam na FAL e parabenizou pela realização da 2ª Feira do Produtor Rural da UnB. Foto: Guilherme Marinho/Ascom GRE

 

A reitora Márcia Abrahão salientou os avanços da Universidade em relação à segurança e garantiu que a gestão vai trabalhar formas, em conjunto com a FAL, de superar esse desafio. “Nós criamos o Comitê de Segurança, que tem analisado todas as necessidades nessa área. Temos feito uma série de ações, como a instalação de 970 câmeras”, exemplificou.

“Podemos fazer a ampliação do número de câmeras na FAL e pensar também em outras medidas para aperfeiçoar a segurança da Fazenda. O que for possível, vamos fazer”, complementou a diretora de Administração e Estratégia da Prefeitura, Ana Cristina Ribeiro.

A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, lembrou que os cortes de recursos sofridos pela Universidade ao longo dos últimos oito anos impactam diversas áreas. “Eu faço parte da Comissão de Segurança. O que a gente tem feito é aliar as possibilidades que a UnB tem, em relação ao orçamento, às necessidades da comunidade.”

Denise Imbroisi destacou que, apesar dos desafios econômicos, a gestão conseguiu aumentar os recursos de todas as unidades ano a ano. “Em 2016, a UnB tinha para investimento, proveniente do Tesouro, R$ 47,2 milhões. Em 2023, foi de R$ 13,7 milhões. Este ano é zero”, informou a decana. “A UnB tem recursos que vêm do aluguel dos seus imóveis. É com esse recurso que temos feito os investimentos e garantido o funcionamento da Universidade”, explicou.

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO – Outra demanda dos profissionais da FAL é quanto ao Restaurante Universitário. O auxiliar administrativo Ricardo Pereira perguntou o porquê de o RU interromper as operações nos períodos de férias letivas. “O RU fecha três meses durante as férias, mas a gente não para”, disse.

A diretora de Desenvolvimento Social (DDS) do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), Eloísa Barroso, informou que há condições para o funcionamento do Restaurante: “O RU tem como objetivo principal atender aos estudantes. Então, é necessário haver atividade acadêmica para justificar o funcionamento do restaurante”. “Mas, caso a demanda seja de muitas pessoas, podemos rever isso e trabalhar para tentar manter o restaurante aberto na FAL para os próximos períodos de férias”, adiantou a reitora Márcia Abrahão.

MEIO AMBIENTE – O secretário de Meio Ambiente, Pedro Zuchi, atualizou, durante o encontro, como está o andamento da transferência da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Capetinga, hoje pertencente ao Governo do Distrito Federal (GDF), para o patrimônio da União.

“Estamos trabalhando junto à Terracap para fazer a delimitação e realizar a transferência. Outro ponto importante associado a ARIE é a construção de convênio com o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] para fazer a gestão compartilhada com a UnB. Esperamos concluir esse processo este ano.”

 

Ao final do evento, a equipe da Administração Superior visitou as unidades de experimentação e criatórios da FAL. Foto: Divulgação