INFRAESTRUTURA

Na primeira etapa, sete prédios residenciais da UnB passarão por diagnóstico e desenvolvimento de metodologias para recuperação e preservação

Cobogós icônicos em fachada de prédio da UnB na Superquadra Norte 205, Brasília, DF. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

“Convidar docentes de diferentes áreas para trazer soluções para a manutenção e preservação do patrimônio da Universidade de Brasília é muito interessante. E, para os alunos, essa oportunidade é melhor ainda. Porque eles poderão ver na prática o que estudam em sala de aula sendo revertido em benefício da Universidade, ainda mais em prol do patrimônio público”, destaca a docente do curso de Engenharia de Energia da Faculdade UnB Gama (FGA) Loana Velasco, uma das selecionadas pelo edital Gestão do Patrimônio Imobiliário Público – Proposta de apoio para planejamento de manutenção nos imóveis da Universidade de Brasília.

 

Com 18 bolsas de pesquisa, a iniciativa da Secretaria de Patrimônio Imobiliário (SPI) é realizada em parceria com a Faculdade de Tecnologia (FT), a Faculdade UnB Gama (FGA) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Os estudos apresentarão o diagnóstico e definirão metodologias para a recuperação e preservação das edificações.

 

Com prazo de vigência de seis meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período, o projeto vai contemplar os blocos A, C e F, da Colina; os blocos I e J, da SQN 109; o Bloco L, da SQN 205; o Bloco K, da SQN 206; e os edifícios Anápolis e Ok. Na primeira etapa, os imóveis residenciais são a prioridade. As atividades das equipes começaram nesta quarta-feira (16). O resultado final da convocação está no site da SPI.

 

Um dos objetivos do projeto é auxiliar na formação de novos profissionais por meio das estruturas educacionais e de pesquisa da UnB. “É uma oportunidade de aproveitarmos a competência e expertise instaladas na Universidade por docentes, pesquisadores e estudantes agregando suas áreas de pesquisa na resolução de desafios relacionados ao patrimônio da UnB”, explica a secretária de Patrimônio Imobiliário, Dioney Brito.

 

Para a reitora Márcia Abrahão, a iniciativa, além de ser uma oportunidade de interação entre áreas acadêmicas e administrativa, coloca a comunidade mais próxima dos desafios institucionais.

 

“Mesmo com sucessivos cortes orçamentários feitos pelos últimos governos, conseguimos realizar obras e investir em pesquisas graças aos recursos próprios da UnB. E nossos imóveis representam uma parcela significativa dessa arrecadação. Esse projeto multidisciplinar é de enorme importância para a formação dos nossos discentes”, ressaltou a reitora Márcia Abrahão.

Os participantes receberão uma bolsa que varia de R$ 960 a R$ 6,5 mil, de acordo com a modalidade. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

COMO VAI FUNCIONAR – Foram selecionados pesquisadores das áreas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Elétrica e Engenharia Civil, divididos em três equipes – Eficiência Energética/Elétrica, Hidráulica e Estrutura –, que trabalharão de maneira integrada. Os grupos serão compostos por estudantes da graduação e da pós-graduação e dois professores doutores. “Alunos da Engenharia de Energia junto com alunos da Civil e da Arquitetura fazendo um trabalho multidisciplinar, pensando em como trazer soluções técnicas sustentáveis e financeiramente viáveis para a Universidade, é um projeto de grande riqueza. É um desafio que a gente olha e diz: ‘Vamos juntos!’”, afirma a docente Loana Velasco.

 

Os participantes receberão bolsas que variam de acordo com a modalidade, sendo R$ 6,5 mil mensais para docente com título de doutor; R$ 2,2 mil para aluno pesquisador com título de mestrado; R$ 1,2 mil para aluno com título de graduação; e R$ 960 para alunos de graduação com experiência e conhecimentos técnicos necessários.

 

A estudante do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (PPG-FAU) Carolina Zani avalia que ter a oportunidade de trabalhar com as construções modernistas da capital do país, como as dos prédios da Colina, vai agregar muito à sua formação.

 

“Vim para a UnB fazer o mestrado e, agora, estou no doutorado. Então, acho que participar desse projeto é um modo de usar meu conhecimento, que foi desenvolvido aqui na Universidade, em prol da própria instituição. E, por eu ser de Cuiabá (MT), é muito diferente estar em contato com esses edifícios de Brasília”, afirma a doutoranda.

 

ATIVIDADES – As equipes serão responsáveis por levantar projetos e estudos de engenharia e arquitetura dos imóveis exclusivos para servidores da Universidade e deverão realizar visitas para analisar os sistemas de incêndio, hidráulico, elétrico e estrutural – vigas, pilares, lajes, lajes de avanço e fachadas.

 

Os grupos vão desenvolver metodologias para a implementação de um programa de manutenção residencial. Também, farão pesquisas para a integração de soluções inovadoras e para viabilizar ações de retrofitting – restauro com preservação da arquitetura original e adequação à legislação vigente – e reformas. Além de buscarem melhores práticas com foco na manutenção predial.

 

O projeto Gestão do Patrimônio Imobiliário Público – Proposta de apoio para planejamento de manutenção nos imóveis da Universidade de Brasília foi inspirado em uma iniciativa semelhante já executada com sucesso pela Secretaria de Infraestrutura (Infra).

 

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