AÇÕES DE VIGILÂNCIA

Comissão para combate ao mosquito Aedes aegypti foi criada pela Reitoria e realizará visitas a unidades durante 60 dias

Equipe colocou cartazes em locais visíveis, com indicações de como evitar a criação de larvas do mosquito Aedes aegypti. Foto: Anastácia Vaz/Secom UnB

 

A UnB instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para atuar no combate a possíveis focos de proliferação do mosquito da dengue em áreas dos campi. Nesta terça (6), a Faculdade de Comunicação (FAC), localizada no extremo norte do ICC, campus Darcy Ribeiro, recebeu a visita da equipe. O grupo está em ação desde o início do mês e conta com nove servidores. Eles realizam vistorias, desmancham e monitoram eventuais focos de larva e orientam sobre práticas de prevenção. 

 

A força-tarefa é apoiada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) da UnB e pela Prefeitura da Universidade (PRC) e segue cronograma pré-definido. A equipe realizará inspeções ao longo de 60 dias, em esforço para eliminar focos de proliferação do mosquito, que também transmite Zika e Chikungunya.

 

Antes da visita do GT, a FAC, sob direção da professora Dione Moura, já havia adotado medidas preventivas, como uso de raquetes mata-mosquito, manutenção de janelas fechadas e uso de repelentes de produção caseira para evitar a propagação do mosquito. 

 

“A ação da PRC e da Sema é estrutural. A visita da equipe à FAC é para analisar a infraestrutura, o que envolve demandas para instalação de telas mosquiteiras, observação de poças de água e depósitos de lixo. Isso são ações que não podemos realizar, mas dentro da faculdade já conseguimos reduzir a população de mosquitos com uma série de outras ações”, detalha a diretora.

“Cada um tem que fazer o seu papel. Qualquer unidade que entre em contato conosco receberá orientações. E as nossas visitas seguem um cronograma”, reforça a servidora Eluzai Rodrigues. Foto: Anastácia Vaz/Secom UnB

 

“Fotografamos locais possivelmente vulneráveis, que podem ter pontos de acumulação das larvas do Aedes aegypti “, aponta Dione Moura.

 

Os servidores Antônio Abreu, Eluzai Rodrigues, Luiz Gustavo Padovani, Rogério Pfeiffer e Luiz Henrique de Macedo mapearam as áreas internas, externas e subsolo da FAC, procurando espaços que podem favorecer o desenvolvimento da larva do mosquito transmissor da dengue. Exemplo são as poças de água criadas após as chuvas, em resultado ao acúmulo de folhas embaixo das árvores.

 

“A ideia é fazer o papel institucional de levar a orientação para as pessoas sobre correção de atitudes, recolhimento de resíduos. O objetivo principal é corrigir fragilidades o mais rápido possível”, enfatiza o secretário de Meio Ambiente, Pedro Zuchi.

 

Após a inspeção, a equipe concluiu que há necessidade de aumentar a frequência do recolhimento dos contêineres, que armazenam materiais de descarte; inserir telas mosquiteiras nas janelas; resolver o acúmulo de água nos declives em que estão instaladas as caixas condensadoras dos aparelhos de ar-condicionado, e a manutenção das telas nesses aparelhos.

 

AÇÃO COLETIVA – O GT das vistorias foi instaurado pelo Ato da Prefeitura da UnB nº 0007/2024, começou a atuar em 1º de fevereiro e vai realizar as atividades de inspeção, por meio de um cronograma de visitação até 28 de março.

 

“Para surtir um efeito permanente, é necessária a participação de todos, porque uma comissão com nove pessoas não consegue. Temos de fazer uma campanha de ação coletiva, para conscientização e incentivo dos servidores técnicos, com a colaboração dos estudantes e professores. A comunidade universitária necessita entender o que está acontecendo em seu setor”, esclarece Pfeiffer.

Ações do Grupo de Trabalho que vistoria a Universidade se dá em conjunto com iniciativas de cada unidade, servidores técnicos e docentes e estudantes. Foto: André Gomes/Secom UnB

 

No esforço de combate à dengue na UnB, a Reitoria criou, por meio do Ato nº 0206/2024, GT para coordenar de maneira ampla as ações de enfrentamento na instituição.

 

A equipe é composta pelo professor Pedro Zuchi (Sema); por Carla Pintas Marquesa, à frente da Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (CoAVS/Dasu/DAC); pela prefeita substituta Ana Cristina Brandão; e pela chefe da Secretaria de Comunicação da UnB (Secom) Mônica Nogueira.

 

Zuchi destaca que o resultado aguardado é a redução dos pontos de foco da dengue na instituição. “É um trabalho em que buscamos uma ação institucional de tentar mover, movimentar, conscientizar, envolver as pessoas no sentido de que o combate à dengue é um trabalho de todos, e que devem estar preparados e atentos a executar esse trabalho. A nossa preocupação maior é mostrar para comunidade universitária que ela é um agente fundamental no combate desse mosquito”, ressalta.

 

Pfeiffer informa que a primeira ação realizada pelo GT foi na PRC, e destaca que a experiência foi positiva. “Conseguimos entrar em contato com cooperativa de coleta, acionamos o pessoal das empresas terceirizadas e foi retirado entulho, composto por latas de tinta, ferro, madeira, lixeira, baldes e lâmpadas quebradas”, relembra. “Essa força-tarefa é uma ação coletiva e depende da participação de todos. Os resultados são para o bem-estar comunitário, então é preciso destacar que cada um deve fazer sua parte”, completa.

 

“Queremos que os resíduos sejam efetivamente descartados, corretamente levados para os pontos de coleta. Isso é fundamental. É mais do que virar a garrafa de boca para baixo: é destinar efetivamente para o ponto em que será eliminada. Desse modo, a comunidade deve perceber que não é simplesmente virar a garrafa, mas uma questão de mudança de comportamento e destinação correta de todo o resíduo”, explica Pedro Zuchi.

 

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*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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