ÓRGÃOS COLEGIADOS

Empreendimentos foram classificados a partir de critérios de priorização. Universidade depende de arrecadação própria e parceiros externos para tirar projetos do papel

CAD aprovou novo plano de obras por 44 votos a favor e uma abstenção. Na imagem, acima, o professor Matheus Gorovitz, e a reitora Márcia Abrahão; abaixo, o secretário de Infraestrutura, Augusto Dias, e a professora Vanessa de Andrade. Imagem: Reprodução/UnBTV

 

O Conselho de Administração (CAD) da Universidade de Brasília aprovou, com 44 votos favoráveis e uma abstenção, um novo plano de obras para a instituição. O documento prevê 13 empreendimentos, a serem executados tanto com recursos do orçamento da Universidade quanto de fontes externas.

 

"Como sabem, o orçamento para investimentos este ano veio zerado na fonte do Tesouro, pela primeira vez na história da UnB. Assim, nosso plano de obras se baseia na possibilidade de arrecadação própria, que também sofreu queda, em decorrência da pandemia", explicou a reitora Márcia Abrahão. Ela também mencionou a redução orçamentária nos recursos para o custeio da Universidade e os desafios adicionais advindos da aprovação tardia da Lei Orçamentária Anual (sancionada apenas em 22 de abril).

 

No total, estão previstas nove obras com recursos do orçamento da UnB. Entre elas, estão adequações a exigências do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e a construção de prédios para a Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV) e para o Instituto de Artes (IdA).

 

Nas obras a serem executadas com recursos externos, estão a conclusão da pista de atletismo da Faculdade de Educação Física (FEF) e a construção de uma creche e um centro de pesquisa sobre a primeira infância no campus Darcy Ribeiro, ambas com recursos de emenda parlamentar de bancada. "Quero agradecer a bancada do Distrito Federal no Congresso, que tanto tem apoiado a UnB", destacou a reitora.

 

CRITÉRIOS – O secretário de Infraestrutura da UnB, Augusto Dias, explicou quais são os critérios de priorização das obras. "O primeiro são as obras de adequações do CBMDF e de acessibilidade, além de outras questões de segurança. Depois, vêm as obras inacabadas, as que são frutos de convênios ou cuja conclusão foi recomendação de órgãos de controle", detalhou.

 

Em terceiro lugar, estão obras de eficiência energética e, em quarto, empreendimentos de remanescentes de planos de obras anteriores ou de unidades que ainda não foram contempladas por melhorias de infraestrutura. Por fim, como prioridade 5, são as obras de ampliação de espaços, com prioridade para as de uso comum.

 

Augusto também apresentou aos conselheiros um balanço da execução do último plano de obras, de 2019. Dos 22 empreendimentos previstos, 12 estão concluídos e seis, em execução. Duas obras estão paralisadas e outras duas não foram licitadas.

 

Entre os prédios cuja construção está em andamento, estão os das Unidades de Ensino e Pesquisa (UEPs) da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e da Faculdade de Medicina (FM). "Conseguimos, mesmo em um cenário orçamentário adverso, avançar em infraestrutura na Universidade de Brasília, concluindo obras paradas e fazendo novas", comemorou a reitora.

 

AULA MAGNA – Uma das obras previstas do plano aprovado nesta quinta-feira é a chamada Aula Magna, um auditório de grande porte que faz parte de um complexo de construções previstas por Oscar Niemeyer e Lucio Costa durante a concepção do campus Darcy Ribeiro. Em 2010, houve um concurso para a escolha do projeto arquitetônico da obra completa, chamada de Praça Magna. O projeto vencedor foi coordenado pelo professor aposentado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Matheus Gorovitz.

 

"Esta é uma oportunidade de aproveitar esse projeto e recuperar o que foi idealizado como Aula Magna, Centro de Convenções e todo o parque do projeto original da Praça Magna", disse o docente, emocionado. A obra completa (que inclui todo o complexo) fortalece a vocação da UnB de ser um espaço de convivência de toda a cidade, não restrita à comunidade acadêmica.

 

"A Universidade, obviamente, não tem condições de executar tudo isso, mas colocamos no plano de obras a Aula Magna, que é um auditório com capacidade para 1.500 pessoas, que pode funcionar como espaço para eventos e concertos", disse a reitora. A UnB deve procurar parcerias para viabilizar os demais prédios do complexo.

 

"Temos muito poucos espaços para a manifestação da arte em Brasília, menos ainda para a música. Esse espaço será uma referência para o Brasil e para os países que fazem de Brasília seu ponto de encontro, por ser a capital", comentou a diretora do Instituto de Artes, Fátima Santos.

 

Confira a 405ª reunião do CAD:

 

 

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