O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), no Brasil, em 2014, a estimativa é de que sejam detectados 57.120 novos casos da doença.
Para ajudar na conscientização da comunidade acadêmica, a Universidade de Brasília aderiu à campanha Outubro Rosa, realizada anualmente em todo o mundo para chamar a atenção sobre a necessidade de detecção precoce do câncer de mama.
A doença ainda não possui prevenção. No entanto, quando descoberto em seus estágios iniciais, as chances de cura do câncer mamário são ampliadas, podendo chegar a 95%. Para o médico oncologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Marcos França, o melhor método para a detecção da doença é a mamografia.
França explica que o exame pode começar a ser feito quando a mulher completa 40 anos. Neste primeiro momento, a rotina deve ser repetida anualmente. Após a realização de dois exames com resultados satisfatórios, o profissional que acompanha a paciente pode indicar um espaçamento maior no acompanhamento e a mamografia pode ser repetida a cada dois anos.
As mulheres mais novas também devem se resguardar. Apesar de relativamente raro antes dos 35 anos, existem casos de câncer de mama em mulheres que sequer chegaram à idade adulta. Para essa faixa etária, os métodos mais conhecidos de controle do câncer de mama são os exames clínicos, realizados pelo especialista em ginecologia ou mastologia, e o autoexame.
“O autoexame não diagnostica, mas recomendamos que seja feito no intuito de que a mulher procure um médico caso encontre alguma alteração”, aponta o oncologista. Retração do mamilo, retração da pele do seio, diferença no tamanho de uma mama para a outra, conjunto de pequenos caroços na região mamária, textura atípica e nódulo, podem ser sinais de câncer de mama.
Caso seja consultado, o médico ginecologista ou mastologista dispõe de uma série de alternativas para identificar se há suspeita de carcinoma. “Podem ser solicitadas mamografia, ecografia mamária, ressonância mamária ou uma combinação desses exames”, afirma o especialista do HUB.
Caso haja alguma alteração relevante, será prescrita a biópsia do tecido com suspeita de câncer. O procedimento de estudo laboratorial é o único mecanismo de diagnóstico da doença.
As servidoras da UnB com mais de 50 anos podem realizar a mamografia por meio do programa anual de exames periódicos.
No Distrito Federal (DF), três hospitais tratam o câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Hospital de Base e o Hospital Regional de Taguatinga atendem a população do DF e casos encaminhados de outras unidades federativas.
LEGISLAÇÃO - De acordo com a Lei 12.732/12, apresentada pelo Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde tem até 60 dias para começar o tratamento de pacientes com câncer. O período começa a ser contado a partir da inclusão do diagnóstico no prontuário do paciente e vai até a cirurgia ou o início das sessões de terapia.