ATÉ DOMINGO

Universidade exibe para o público projetos sobre saúde, bem-estar, ensino de ciências, entre outros. O evento é gratuito e segue até dia 22

A vigésima edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) homenageia o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont. Foto: Anastácia Vaz Secom/UnB

 

A 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), evento gratuito e aberto à comunidade, começou em 16 de outubro e segue até o dia 22, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Este ano, trouxe o tema Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, dentro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 

A Universidade de Brasília participa da SNCT por meio da apresentação de diversos projetos. Um desses é o BrChain: Prontuário Eletrônico do Paciente com Blockchain, apresentado pelo docente da Faculdade de Ciência da Informação (FCI/UnB) Claudio Gottschalg Duque.

 

SAÚDE, FÓSSEIS E TECNOLOGIA – O projeto surgiu em meados de 2018 com intuito de disponibilizar para o paciente os dados contidos no seu prontuário médico. Para isso, o professor apontou a aplicação de tecnologias disruptivas em arquivos e a divisão dos trabalhos em dois momentos, o primeiro utilizando blockchain e o segundo, inteligência artificial (IA).

“Outros materiais de evolução humana são raros e caros, [enquanto] esse pode ser replicado nas impressoras 3D. Se as crianças deixarem cair ou quebrar não tem problema, porque é barato e você faz outro”, disse o docente Hilton Silva. Foto: Anastácia Vaz Secom/UnB

 

“Começamos a negociar com o Hospital das Forças Armadas (HFA) para ter acesso a dados [de prontuário médico] e conseguirmos fazer uma primeira modelagem em cima desses materiais. A partir disso, já escrevemos vários artigos e formamos duas mestrandas”, explica o docente.

 

“A princípio, esse projeto também está sendo alavancado em uma startup, e o propósito é que você tenha no smartphone o seu prontuário independentemente de qual clínica, UPA [Unidade de Pronto Atendimento] ou hospital seja atendido”, completou.

 

Já o projeto Homo Ludens, que significa "homem brincante", tem o objetivo de contribuir para a popularização da divulgação científica e para a formação de professores e estudantes no campo de pesquisa da Evolução Humana. Tudo isso por meio da exibição de réplicas de fósseis humanos feitas através de impressoras 3D.

 

“A ideia é que possamos, nesses tempos tão sombrios em que vivemos – onde as pessoas questionam a ciência e têm dúvidas sobre os procedimentos científicos –, mostrar que é possível construir [modelos com a impressão 3D] e ter, nas escolas, instituições de ensino e laboratórios, materiais adequados para o ensino da evolução humana“, explicou o professor Hilton Silva do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM/UnB).

 

Silva ressaltou que a UnB é pioneira na impressão de crânios de hominídeos e destacou: “como o material é relativamente fácil de fazer e requer apenas a tecnologia de impressão digital dos arquivos, a ideia é que possa ser disseminado pelas escolas de ensino fundamental, médio e, principalmente, para que os alunos possam ter acesso ao material além do livro. Uma coisa é aprender Evolução olhando as figuras nos livros e lendo um texto, outra é podendo pegar o material e sentir”.

 

Desenvolvido na Faculdade UnB Ceilândia (FCE), o projeto Tecnogeronto 2.0 atua no aprimoramento da segunda versão do game Lady Health, um aplicativo com o objetivo de promover o autocuidado entre gerações. A primeira versão do app trabalhou inicialmente com a gamificação no âmbito do programa de extensão Universidade do Envelhecer (UnISER).

 

“O diferencial é que estamos fazendo um design participativo de ponta a ponta, com a perspectiva do usuário opinando em todas as etapas de desenvolvimento do aplicativo”, descreveu a coordenadora do projeto Vivian Santos.

 

CIÊNCIA NA SOCIEDADE – Com olhos atentos e repletos de empolgação, os alunos do terceiro ano do ensino fundamental da Escola Classe Paraná, em Planaltina, acompanharam as explicações sobre minerais no estande do Museu de Geociências (IG/UnB). Para a professora da turma, Brunna de Almeida, o evento é uma oportunidade positiva para as crianças observarem de “forma concreta o que estão vendo neste semestre” e criarem “um horizonte grande sobre o mundo”.

A professora Brunna Almeida contou sobre a reação dos alunos com a SNCT: “tenho certeza de que eles vão chegar em casa todos animados”. Foto: Anastácia Vaz Secom/UnB

 

O espaço é coordenado pela docente do Instituto de Geociências (IG/UnB) Paula Barbosa, e faz parte dos doze estandes expostos pela Rede Distrital de Educação e Divulgação Científica (RedeCIÊNCIA), uma iniciativa da UnB em parceria com o governo do Distrito Federal.

 

O coordenador da RedeCIÊNCIA, professor Gilberto Lacerda, apresentou no evento os projetos aVoar Cerrado e Trypandsoma quem?, ligados ao Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade. O primeiro aborda as aves do bioma cerrado e o segundo, a doença de Chagas.

 

>> Visite o Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da UnB

 

Lacerda mostrou como as duas ações podem beneficiar a comunidade: “o projeto sobre a doença de Chagas diz respeito à conscientização do público acerca de uma doença negligenciada. É aplicável no sentido de prevenção, conhecimento, iniciação científica de jovens e crianças e desenvolvimneto do interesse das pessoas pelo tema”.

 

“O projeto aVoar Cerrado é o nosso objetivo de trabalhar com a ciência cidadã e levar jovens, crianças e estudantes a se interessarem pelas aves do bioma. E, consequentemente, pela proteção do Cerrado, fauna, meio ambiente e árvores”, pontuou.

 

Confira também matéria da UnBTV:

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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