INOVAÇÃO

Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos reuniu palestrantes internacionais, pesquisadores e estudantes, de 22 a 26 de maio

Em evento do SBRC, a professora Aletéia Araújo apresentou o projeto Meninas.comp, desenvolvido na UnB, que ensina computação para meninas de escolas públicas. Foto: Eduardo Tadeu

 

Nos últimos anos, o mundo testemunhou uma rápida evolução na tecnologia computacional, que impulsionou avanços nas áreas de inteligência artificial, armazenamento em nuvem, conexão 5G e internet das coisas. Com o objetivo de incentivar, não somente a produção e a divulgação científica, como também propiciar o aprimoramento e a troca de experiências de temas relacionados ao desenvolvimento dessas e de tantas outras tecnologias, professores da UnB organizaram a 41ª edição do Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC), realizado em Brasília de 22 a 26 de maio. Cerca de 550 pessoas participaram do encontro.

“Organizar o SBRC, junto com a UnB, é um prazer e um dever. Como pesquisadores, temos que integrar a comunidade e destacar o potencial de excelência dos nossos alunos", observa Marcelo Marotta, professor do Departamento de Ciências da Computação (CIC) e um dos organizadores do evento, articulado por um grupo de docentes da UnB e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

Professor do CIC, Marcelo Marotta foi um dos docentes da UnB na organização da 41ª edição do SBRC. Foto: Eduardo Tadeu

 

Marotta destaca que o simpósio, realizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), é o mais importante evento científico em redes de computadores e sistemas distribuídos da América Latina. “Nós tivemos a representação de vários países que submeteram seus artigos, como Argentina, Peru e Bolívia, o que fez nosso simpósio deixar de ser apenas brasileiro. Além da participação de palestrantes internacionais", frisa.

Após dez anos anos, o simpósio voltou à capital federal com uma programação diversificada, que contou com sessões técnicas, minicursos, painéis e debates, workshops, salão de ferramentas, maratona de programação, palestras e concurso de teses e dissertações. O simpósio ainda mostrou sua contribuição social, ao debater temas amplos como a importância de trazer mais pluralidade ao ramo.

“Um dos nossos eventos satélite, por exemplo, trouxe luz sobre a necessidade de se ter mais mulheres na área. Como experiência pessoal, posso dizer que as melhores pesquisadoras que conheci são mulheres. Então, que bom que elas estão por aqui."

MUSAS – Com o objetivo de encorajar conexões entre mulheres pesquisadoras, estudantes e profissionais da área de redes de computadores, sistemas distribuídos e outras relacionadas, o SBRC contou com o evento MUSAS (MUlheres em redeS de computadores e sistemAs diStribuídos).

Aletéia Araújo, Tanara Lauschner, Iara Machado, Michelle Wangham e Rossana Andrade: palestrantes do evento MUSAS, no SBRC. Foto: Eduardo Tadeu

 

Este foi o quinto ano consecutivo de participação no simpósio, que contou com uma palestra sobre o projeto Meninas.comp, nascido na UnB em 2010. A programação também teve uma mesa-redonda sobre o protagonismo das mulheres na computação e palestra sobre o percurso não-binário na área.

“Nós fundamos o projeto Meninas.comp para dizer que computação é, sim, coisa de meninas. O objetivo dele é justamente apresentar a área de maneira lúdica para as meninas do ensino fundamental e médio, que muitas vezes nem sabem o que o profissional da computação faz”, explica a professora do Departamento de Ciência da Computação da UnB e coordenadora do projeto, Aletéia Araújo.

“A metodologia que criamos trabalha o ano todo com as alunas de 20 escolas públicas do Distrito Federal e do Goiás, com ao menos uma turma só de meninas, dando mais liberdade para que elas aprendam e perguntem livremente. Além disso, temos cursos e palestras também para as estudantes da UnB, incentivando que elas permaneçam no curso", apresenta.

O projeto Meninas.comp integra o programa nacional Meninas Digitais, da SBC. O programa constitui uma rede mais ampla, composta por vários outros projetos. A professora Aletéia também é uma das coordenadoras.

 

Leia também:
>> Com salário ameaçado, servidores deflagram greve em assembleia

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.