MÚSICA

Gratuito e aberto ao público, evento lotou o anfiteatro 9 na primeira semana das classificatórias. Mais 23 bandas devem subir ao palco do festival até esta sexta-feira (13)

 

Banda Comboio Percussivo tocou na quinta-feira (5), representando o Centro Acadêmico de Geologia. Foto Júlio Minasi/DEA-DAC

 

A comunidade universitária vibrou ao som dos variados estilos musicais que embalaram a primeira semana do 17º Festival Universitário de Música Candanga (Finca) da Universidade de Brasília. Além de pessoas que fazem parte do cotidiano acadêmico, amigos e familiares dos músicos compareceram em peso ao anfiteatro 9 para conferir os espetáculos. Esta segunda semana de classificatórias ainda promete muita animação na Universidade, com mais 23 grupos integrando a programação. A etapa segue até sexta-feira (13), sempre das 12h às 14h. Somente no feriado de quinta-feira (12) não haverá apresentações.

 

“Foi ótimo prestigiar um festival tão bacana. Eu adorei”, conta Lorrayne Pereira, que, acompanhada dos colegas de trabalho da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, veio prestigiar a apresentação de amigos da banda Henrique Almeida, representante do centro acadêmico (CA) de Agronomia.

 

Responsável no conjunto pela performance do bandolim, Gereissat Rodrigues comemora a participação no festival. “Brasília sempre foi um celeiro de grandes talentos do país, mas existe na cidade uma dificuldade para projeção da música autoral. O Finca proporciona essa oportunidade”, considera o músico.

Luiz Henrique e Thayane agachados à frente junto da torcida do CA de Serviço Social. Foto: Júlio Minasi / UnB
Luiz Henrique e Thayane (agachados à frente) juntos da torcida do CA de Serviço Social. Foto: Júlio Minasi/DEA-DAC

 

Também não faltou animação com a torcida organizada do CA de Serviço Social. Com gritaria e palmas, eles vibraram durante a apresentação de Pedro Castro, na quarta-feira (4). “Sempre que tem um violão por perto, o Pedro toca para gente e embala nossos encontros”, conta a estudante do segundo semestre e colega de curso do músico, Thayane Gabriele. “Eu amo as músicas dele porque me encontro nas letras e no ritmo que me tranquiliza”, acrescenta.

 

Para o colega de curso Luiz Henrique de Oliveira, esse tipo de iniciativa "contribui para que o eixo cultural não fique apenas entre Rio de Janeiro e São Paulo, valorizando a arte de Brasília".

 

O Finca também é uma oportunidade para aqueles que já passaram pela UnB e desejam matar a saudade dos tempos de aluno. É o caso de Abacate Alan, nome artístico do integrante da banda Saci Weré.

 

“É muito bom estar aqui. Ao mesmo tempo que estamos promovendo a cultura dentro da Universidade, estou relembrando os bons tempos de estudante”, relata o músico, que cursou Artes Cênicas na instituição. Minutos antes de subir ao palco, ele contou que sua expectativa era “alegrar a galera e fazer a plateia rodopiar”. 

Abacate Alan (ao centro com violão) com a banda Saci Weré no camarim do Finca. Foto: Luís Gustavo Prado/Secom UnB

 

Calouro no curso de Administração, Dan Maluba curtiu as apresentações na quinta-feira (5). Oriundo da República Democrática do Congo, país da África Central, ele está no Brasil há oito meses e conta ter gostado, em particular, da banda Comboio Percussivo. “O ritmo me lembra música africana. Gostei muito”, opina Maluba sobre o coletivo de cultura popular que representa o axé, o povo de terreiro e a cultura do povo negro.

 

JÚRI E PREMIAÇÃO – Dez bandas serão selecionadas nesta fase, que é classificatória. A grande final será realizada em 27 de outubro, no Centro Comunitário, no encerramento da Semana Universitária. O festival vai premiar as três bandas com a maior média de notas pelo júri oficial na fase final. Há prêmios específicos para júri popular e para a categoria de música instrumental. Saiba mais.

 

O desempenho dos artistas é avaliado, a cada dia, por um corpo de cinco jurados, entre eles a cantora, compositora e produtora cultural Naiara Lima. "Achei que ia aparecer muito rock'n roll, mas estou sendo surpreendida com a diversidade", diz. Naiara acredita que o festival contribui para a projeção de novos artistas.

 

“Temos que lembrar que nomes importantes já passaram pelo Finca, como Móveis Coloniais de Acaju e Ellen Oléria. Essa exposição que a banda tem aqui ajuda a consolidar seu público”, avalia Naiara Lima.

 

BASTIDORES – Por trás do palco, servidores e estagiários do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) trabalham desde maio para produzir o festival. A equipe conta ainda com a colaboração voluntária de estudantes da UnB, somando mais de 30 pessoas engajadas na mostra cultural. Entre eles está Hiago Cardoso, aluno do nono semestre de Turismo na UnB e estagiário da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA/DAC).

Hiago Cardoso (ao centro, de calça azul) e a equipe da Diretoria de Arte e Cultura. Foto: Júlio Minasi / DEA-DAC 

 

“O Finca envolve uma logística enorme. É bastante trabalho para tudo dar certo”, conta Hiago. Interessado em especializar-se no segmento de eventos culturais, o universitário aproveita o Festival para adquirir experiência. “Anteriormente participei da organização do Tubo de Ensaios. Agora estou aprendendo ainda mais com a realização do Finca."

 

Vocalista da banda Koppa, representante do CA de Odontologia, João Quirino apresentou-se na sexta-feira (6) e disse ter se impressionado com a estrutura do evento. “Parabéns à Universidade de Brasília! A organização do Finca está incrível!"

 

Vibrante ao fim da apresentação, o músico cumprimentou os colegas de curso que aproveitaram o intervalo do almoço para prestigiá-lo. “Foi demais ver tantas pessoas da plateia cantado e interagindo com a gente. Ainda estou muito agitado."

 

A coordenadora do Serviço Artístico e Cultural da DEA, Camila Louise, expressa gratidão pelo envolvimento da comunidade. "Vimos o auditório lotado todos os dias. Pessoas de fora da Universidade e famílias com crianças se reuniram aqui. Isso mostra como o Finca é um projeto consolidado e reconhecido", diz. "O retorno do festival, mesmo diante do processo de contingenciamento de recursos que vivemos, mostra que a gestão da UnB reconhece a importância da cultura.”

 

PROGRAMAÇÃO – A fase classificatória segue até sexta-feira (13), no anfiteatro 9, sempre das 12h às 14h. Somente no feriado, na quinta-feira (12), não haverá apresentações. A cada dia, até seis bandas sobem ao palco do Finca. O último dia de classificação é destinado às apresentações instrumentais. A reprise do evento é exibida diariamente, às 21h, pela UnB TV.

 

Assídua nos primeiros dias do festival, a estudante do sexto semestre de Artes Visuais Marina Rebello convida o público a apoiar a iniciativa. “Vale muito a pena vir conferir as apresentações. Eu nem sabia que a UnB tem tanta gente talentosa, inclusive pessoas que eu conheço”, diz. “Tem diversão e música para todos os gostos, vocês não vão se arrepender”, garante Marina. 

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