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Exposição pode ser levada às escolas, clubes e repartições públicas

 

Foto: Júlio Minasi

 

Aves, cobras, macacos e até um leão estão expostos no museu de taxidermia do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (HVet/UnB). Os animais, após passarem por processos químicos de conservação, são expostos à visitação. O espaço é aberto ao público.

 

Criado em 2008, o museu possui acervo de 120 animais. Eles são doações do Ibama, Polícia Ambiental e criadores particulares. Segundo César Leão, taxidermista responsável pelo museu, todos os animais, antes de serem expostos, são examinados com muito cuidado. Para ele, é importante "ter todo o zelo com os animais, pois as características anatômicas devem ser preservadas". O profissional, que tem 12 anos de experiência na área, afirma que o HVet dispõe de boa estrutura para que ele realize as suas tarefas.

 

As peças – corpos dos animais, após o embalsamento – também são utilizadas nas aulas do curso de Medicina Veterinária. Em um mesmo ambiente, podem ser estudados pequenos roedores, répteis e mamíferos de grande porte. Mariana Rezende, estudante de Veterinária, considera fundamental o contato com as diversas espécies. “Aqui, de forma prática, podemos observar a anatomia de vários animais que, dificilmente temos contato cotidianamente. Esse manuseio enriquece a nossa formação acadêmica”, afirma.

 

Taxidermista Cesar Leão transforma animais em obras de arte. Foto: Júlio Minasi/SecomUnB

Eventualmente, o Museu de Taxidermia do HVet/UnB faz exposições itinerantes. Dessa forma, algumas peças são transportadas para exibição em clubes, repartições públicas e colégios do Distrito Federal. Para participar da iniciativa, os interessados devem fazer a solicitação junto ao hospital veterinário. “As pessoas, principalmente as crianças, ficam maravilhadas quando veem os animais. Elas adoram tocar no corpo das aves e cobras”, conta o taxidermista responsável. Os professores de Biologia e História Natural são os que mais requisitam as visitas ao museu.

 

No Distrito Federal, o maior museu de animais está localizado no Zoológico de Brasília. Ele foi inaugurado em 1957 e possui mais de 500 animais expostos.

 

PROCESSO - Taxidermia, palavra de origem grega, significa “dar forma à pele”. Reconhecida como a arte de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo, a técnica busca preservar o desenho, a pele e o tamanho dos animais, permitindo conservar as características morfológicas do vertebrado. Sendo assim, é uma técnica essencial para o embalsamento, pois anula a atividade de organismos, como fungos e bactérias, que agem na decomposição da matéria morta. É um procedimento biológico que envolve conhecimentos de Química, Anatomia, Ecologia, Artes Plásticas e outras áreas, que começou a ser praticado no antigo Egito, nos processos de mumificação dos faraós.

 

Clique para ampliar. Arte: Anna Soares/Secom UnB

Essa arte também é conhecida como empalhamento de animais, pois, anteriormente, usava-se palha para preencher o interior dos corpos. A maior parte dos animais empalhados é destinada a coleções científicas ou para fins de exposição. Por esse motivo, a Taxidermia tornou-se um meio importante de conservação cultural, que tem como objetivo o resgate de espécies, transformando-as em ferramentas educacionais. No Brasil, a prática realizada em animais silvestres é regulamentada por lei federal.

 

Além do uso científico e acadêmico, a taxidermia atende a outros públicos, como donos de animais domésticos, pescadores e caçadores desportistas, criadouros de animais comerciais, além das atividades de cinema, teatro e televisão.

 

Fonte: www.taxidermia.com.br

 

Para agendar visitas, ligue: (61) 8264 9790