CIÊNCIA E INOVAÇÃO

Levantamento da Andifes mostra a existência de 252 empresas incubadas, 206 startups e 401 projetos pré-incubados nas instituições federais

A reitora Márcia Abrahão lembrou que as incubadoras universitárias contribuem para o desenvolvimento sustentável do país. Foto: Rodrigo Cabral/Ascom MCTI

 

A reitora Márcia Abrahão, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), falou sobre “o papel da academia na gestão e apoio à incubação e aceleração de negócios de impacto socioambiental” durante a Conferência Livre da 5ª CNCTI, realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), nesta terça-feira (5), em Brasília.

A reitora afirmou que a inovação produzida pelas universidades federais é atrelada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) do país e destacou o empreendedorismo inovador como uma experiência acadêmica que atua na formação de indivíduos aproximando a academia científica das comunidades locais e regionais.

Sob essa ótica, a presidente da Andifes apresentou um levantamento do Colégio de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-graduação da entidade (Copropi), que mostra a existência de 252 empresas incubadas, 206 startups e 401 projetos pré-incubados em andamento nas universidades federais.

“Uma incubadora universitária consegue apoiar empreendimentos que, embora não apresentem uma alta expectativa de lucro, possuem projetos que atendem os objetivos de desenvolvimento sustentável do país”, detalhou.

Márcia Abrahão destacou ainda o impacto social da pesquisa científica e tecnológica de empresas incubadas dentro das instituições. Nesse caso, ela acrescentou que a incubação deve incentivar o chamamento aos desafios prioritários da comunidade local ou de interesse nacional, independentemente do perfil da empresa ou do tipo de demanda que ela pretende resolver pela inovação.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que a conferência é uma forma de promover a compreensão do papel da ciência no cotidiano do brasileiro. Foto: Rodrigo Cabral/Ascom MCTI

 

“Uma empresa de base tecnológica em AGTech [agro] pode mudar a vida de pequenos produtores de uma região por meio da pesquisa científica”, exemplificou.

A dirigente da UnB e da Andifes avalia que uma incubadora universitária depende de uma boa gestão de ofertas e de demandas em meio aos desafios. “Resolvendo os desafios, os discentes se envolvem com a pesquisa, criam suas empresas (spin-offs acadêmicas) e, com isso, geram inovação e impacto positivo”, afirmou.

Por fim, a reitora destacou a campanha Andifes contra a fome, com sustentabilidade ambiental, escolhida como temática para as ações da entidade ao longo do ano.