SAÚDE

Atividade da Semana Universitária reuniu cerca de 200 participantes de universidades públicas, privadas e escolas de ensino fundamental de Ceilândia

Foto: Júlia Seabra/UnB Agência

 

O estacionamento da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) ficou interditado durante toda a manhã desta quinta-feira (6). A equipe do Laboratório de Habilidades e Simulação do Cuidado se preparava para realizar a primeira representação pública de atendimento a múltiplas vítimas. A atividade, inscrita na Semana Universitária, mobilizou estudantes de Enfermagem, técnicos de laboratório e professores da FCE.

 

A atividade ainda contou com cinco estudantes do curso Técnico em Enfermagem do campus de Águas Lindas do Instituto Federal de Goiás (IFG). “Foi o primeiro contato de uma parceria que esperamos que cresça progressivamente”, defendeu a professora do curso de Enfermagem, Paula Regina de Souza. Ela e as colegas de departamento Marcia Cristina Magro e Michelle Zampieri coordenaram a ação.

 

“Com a proposta de simulação, a gente consegue antecipar a vivência do aluno, para que ele chegue ao cenário da prática muito mais seguro e confiante do que está fazendo”, aponta Marcia Magro. Ela defende que o exercício da simulação pode garantir a segurança do paciente. “Sabemos que hoje o trauma vem atingindo uma taxa de mortalidade que supera as doenças cardiovasculares e neoplasias, então é fundamental que o profissional esteja preparado para o atendimento”.

Michelle Zampieri, Marcia Cristina e Paula Regina coordenaram a ação. Foto: Júlia Seabra/UnB Agência

 

Cerca de 200 pessoas assistiram à atividade. Denner Eduardo Rodrigues, 14 anos, ficou admirado com o que viu. “Os ferimentos parecem reais. Não estou com medo. Acho muito interessante”. O garoto está no 8º ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 19 de Ceilândia e sonha em cursar Medicina. A oportunidade o aproximou da situação de atendimento, cotidiana para um profissional da Saúde, e também do universo acadêmico. “Nunca tinha vindo à universidade. Nem fazia ideia de como era aqui”, disse, entusiasmado.

 

Rafaela Frechiani, estudante do 1º semestre do curso de Saúde Coletiva, também aprovou a reprodução de atendimento. “Já tinha visto uma situação verídica, nunca uma simulação. Acho que é importante que haja o treino, para que os estudantes se aproximem da realidade”, declarou. Graduanda em Serviço Social na faculdade Projeção, Luana Karolina foi até a FCE para conferir a apresentação. “Vi a oferta da atividade na internet e me interessei por vir. É um curso interessante que conta como horas complementares para a minha formação”, falou.

 

SIMULAÇÃO - O grupo de técnicos, monitores e estudantes da FCE e do IFG simulou uma situação em que dez pessoas haviam sofrido um acidente automotivo e precisavam de atendimento. As vítimas estavam separadas em quatro grupos, de acordo com a gravidade da situação.

Foto: Júlia Seabra/UnB Agência

 

Em um tapete verde foram colocados os quatro indivíduos menos afetados, que não corriam risco de morte. Ao lado, em um tapete amarelo, três pacientes em estado grave, porém com risco intermediário. Em frente, duas situações mais alarmantes: duas vítimas sofriam risco de morte eminente e aguardavam o atendimento em cima do tapete vermelho. Ao lado, uma vítima fatal estava sobre o tapete preto.

 

Os estudantes foram rápidos. Assim que a professora Paula Regina deu a largada, os futuros enfermeiros e técnicos em enfermagem atenderam um a um os nove pacientes. Colocaram as vítimas em ambulâncias e os levaram para o socorro médico. “Há 15 dias nós fazemos treinos para a realização da atividade e durante este projeto sempre houve grande planejamento e envolvimento dos alunos”, avaliou a professora Michelle Zampieri.

 

“O nosso objetivo é desenvolver atividades para que a UnB se torne uma referência dentro da simulação realística. Por isso tamanho envolvimento dos professores, treinando arduamente e envolvendo esse time”, aponta a professora Marcia Cristina Magro.

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