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Acesso a documentos de área na metade do ciclo avaliativo é alteração que passa a valer em breve. Diretora da Capes explicou mudanças

 

Foto: Raquel Aviani/Secom UnB
Coordenadores de pós-graduação compareceram ao evento no auditório da Reitoria. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

Para que os cursos de mestrado e doutorado da Universidade de Brasília continuem trilhando caminhos de sucesso, o Decanato de Pós-Graduação (DPG) promoveu, nesta sexta-feira (29), a segunda edição do Seminário para Avaliação dos Programas de Pós-Graduação. O encontro teve como objetivo esclarecer possíveis mudanças e perspectivas gerais da avaliação para o quadriênio 2018-2021.

 

Convidada para tratar da temática, a diretora de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Sônia Báo, informou que algumas mudanças são necessárias para aprimorar as avaliações. “A pós-graduação no país cresceu muito, e a forma como fazemos a avaliação torna o sistema pesado. Nossos esforços serão para simplificar o processo, sobretudo mantendo a qualidade”, afirmou.

 

A novidade para o atual ciclo avaliativo refere-se aos documentos de áreas. “Nossa intenção é que esses documentos estejam disponibilizados já em 2019”, apontou Sônia Báo. Até então, essas informações eram divulgadas apenas ao final de cada quadriênio. Com a mudança, a disponibilização passa a ocorrer na metade do ciclo avaliativo, favorecendo a gestão e a tomada de decisão dos coordenadores de programas de pós.

 

Quanto aos demais constituintes do processo avaliativo, a diretora enfatiza que não haverá mudanças significativas e que as melhorias serão realizadas em um processo contínuo, pensadas a longo prazo. Entre as alterações previstas para um segundo momento está a reformulação das fichas de avaliação, em análise por comitê específico.

 

“As fichas têm muitos itens. É preciso simplificar e ao mesmo tempo ter uma avaliação que consiga verificar se a pós-graduação está formando recursos humanos com qualidade e produzindo conhecimento atrelado à proposta do programa. Além disso, é necessário mensurar o impacto que esse indivíduo formado terá para a sociedade”, detalhou a diretora de Avaliação.

 

Melhorias relacionadas ao fomento também estão no planejamento da Capes. “Reconhecemos o quadro atual, onde programas mais novos possuem pouco aporte de recurso, enquanto programas mais antigos têm maior aporte. Fazer ajustes neste sentido não é simples, mas estamos estudando a questão", garantiu a gestora. A regulamentação da modalidade de doutorado profissional, inexistente no Sistema Nacional de Pós-Graduação até o ano passado, também é prioridade na diretoria.

 

Sobre a inserção da Universidade de Brasília no panorama nacional da pós-graduação, a diretora Sônia Báo destacou que “a UnB teve crescimento significativo nos cursos avaliados com nota 7 (conceito máximo)” na avaliação quadrienal 2017. Ela ressaltou que a instituição oferta muitos cursos de pós-graduação e, por isso, o esforço deve ser para que ainda mais programas alcancem as notas mais elevadas.

 

SOBRE O Seminário para Avaliação dos Programas de Pós-Graduação reuniu coordenadores dos programas de pós-graduação para debater novidades e perspectivas da Avaliação Quadrienal realizada pela Capes. Realizado pelo Decanato de Pós-Graduação (DPG), a segunda edição do evento aconteceu no auditório da Reitoria.

 

Para a decana Helena Shimizu, o seminário ajuda docentes e coordenadores de cursos a estarem mais bem preparados para a próxima avaliação. “Encaramos de maneira positiva o fato de não haver muitas mudanças. Também foi importante saber que o foco qualitativo receberá peso maior na avaliação. Isso nos incentiva a investir na qualidade da formação do nosso aluno e da nossa produção científica”, resumiu. 

 

>> Relembre a primeira edição do evento, que ocorreu em outubro de 2017

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