Claudia Padovesi Fonseca
Junho, segundo a mitologia romana, é homenagem a Juno, a deusa do casamento, da maternidade e protetora das mulheres. Que também está ligado aos mais jovens...
Em junho registramos a Semana Mundial do Meio Ambiente, que se iniciou há pouco mais de meio século, em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que ocorreu em Estocolmo, na Suécia.
Para esse ano, 2025, a Semana Mundial do Meio Ambiente está voltada à poluição plástica, que permeia todos os cantos do planeta, até dentro de nossos corpos, na forma de microplásticos. Nesse sentido, a presente data pretende convocar ações coletivas para combater a poluição plástica.
Mesmo tendo passado um quarto do século XXI e no sexto mês do ano, temos a sensação de estarmos muito longe de contribuir efetivamente para a proteção sustentável do meio ambiente. A atribuição do mês de junho como protetor e jovem ainda deve ser resgatado em ações plenas para a consolidação de cenários viáveis na perpetuação do uso dos recursos ambientais pela humanidade.
A harmonia e a sustentabilidade são dizeres antigos e usados até hoje como pilares de uma sociedade no uso dos recursos ambientais. O lema idealizado diz que a Terra é a nossa única casa e seus recursos ambientais são finitos e devem ser preservados pela humanidade.
A predominância de terras altas no Cerrado do Brasil central fornece condições para que as suas águas superficiais sejam drenadas para três principais bacias hidrográficas do país: Tocantins/ Araguaia, São Francisco e Paraná. Com isso, essa região nuclear do Cerrado representa o principal divisor e berço das águas do país.
Entretanto, no momento o Cerrado pede água!
As atividades humanas, como agropecuária e mineração avançaram de modo expressivo, e o Cerrado se transformou em uma nova e importante fronteira agrícola brasileira. Impactos diretos foram produzidos ao meio ambiente e suas águas, como a contaminação de fontes subterrâneas e superficiais, assoreamento dos cursos d'água e perda de matas ripárias.
Assim, essa importante região está perdendo sua capacidade de representar o "berço das águas". A perda de vazão de água pode afetar a disponibilidade hídrica para as comunidades, a agricultura e a fauna, além de impactar a saúde do bioma como um todo. E, em especial, a perda de áreas úmidas no Cerrado, como as áreas de alagamento e os manguezais, também contribui para a diminuição da capacidade de armazenamento de água.
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