ARTES MARCIAIS

Estudantes da UnB elencam conquistas de resultados e crescimento pessoal como consequências dos treinos e da dedicação à modalidade

 


Estudantes-atletas subiram ao pódio no sul-americano disputado no Uruguai. Foto: Divulgação/Clube de Kung Fu da UnB

 

O Clube de Kung Fu da Universidade de Brasília iniciou seus trabalhos neste ano e já coleciona resultados expressivos. Depois da conquista de quatro medalhas na liga universitária nacional, em abril, atletas da equipe se destacaram no mês passado em competições locais e sul-americanas (ver quadro abaixo). Agora, eles se preparam para disputar o campeonato nacional da Confederação Brasileira de Kung Fu/Wushu (CBKW), que acontece em setembro, na cidade de Cuiabá. Além disso, graças à dedicação à modalidade, dois representantes do clube conseguiram bolsas para estudar na China, berço da modalidade.

 

“Todos esses resultados superaram minhas expectativas”, comemora o estudante de Educação Física e presidente do clube, Jhonatan Leite, que diz ter iniciado o ano sem vislumbrar conquistas expressivas. Além de liderar as questões administrativas do Kung Fu na UnB, ele é um dos destaques da equipe. Em julho, venceu o sul-americano disputado no Uruguai e garantiu quatro medalhas no campeonato brasiliense.

 

“Tenho uma sensação especial por representar a UnB e a cidade”, diz a graduanda em Engenharia Civil Júlia Soares, medalhista de ouro na competição local. Ela espera que os resultados alcançados sirvam para dar mais popularidade ao esporte. “Quanto mais praticantes o esporte tiver, mais a gente aprende e melhora”, avalia.

 

Luísa Guimarães, duas vezes medalhista brasiliense, é a atleta com menos tempo de treinamento entre os destaques do clube: três anos. Estudante de Jornalismo, ela diz que o Kung Fu “tem muito a crescer” e destaca os aspectos humanos da modalidade. “O ambiente do esporte é muito bom. Ajuda a lidar com situações de ansiedade." Atleta e aluno de Engenharia da Computação, Lucas Rezende concorda. “De certa forma, muda o jeito como enfrentamos as dificuldades. E também nos deixa mais sociáveis."

Arte: Marcelo Jatobá/Secom UnB

 

CHINA – O sucesso no Kung Fu vai garantir pelo menos um ano de bolsa integral para os estudantes Angela Ximenes e Gabriel Nakamura, na Beijing Sport University, em Pequim. “Inicialmente, pretendo ficar um ano. Vou estudar a língua e treinar muito Kung Fu. Depois, decido se ficarei mais tempo para a graduação em Reabilitação Esportiva”, diz Ximenes, que estuda Enfermagem na UnB e conquistou três medalhas no campeonato brasiliense.

 

Aluno de Agronomia, Nakamura é considerado pelos amigos de clube como um dos “monstrinhos” do Kung Fu. Campeão sul-americano e com três medalhas no campeonato local, ele espera conhecer mais da modalidade no país em que foi criada. “Escolhi o curso de Esportes Tradicionais Chineses, na área de Wushu. Estou com grandes expectativas, principalmente no quesito de história e criação do esporte”, afirma. Os estudantes viajam ainda neste semestre.


Competidores tiveram destaque também no campeonato brasiliense. Foto: Divulgação/Clube de Kung Fu da UnB

 

TREINOS E DEDICAÇÃO A maioria dos atletas do Kung Fu já se conhecia antes mesmo de ingressar na UnB. Parte do grupo treina junto na escola do templo budista da 315 Sul. “Mais do que resultados, buscamos preparar pessoas melhores”, diz o professor da arte marcial Éverson Pereira, que tem 16 anos de experiência no esporte. “A minha parcela na conquista de medalhas é mínima. A dedicação deles é o mais importante”, afirma. Os atletas de alto rendimento também são acompanhados pelo treinador Márcio Coutinho.

 

O coordenador de esportes da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA/DAC), Carlos Alberto Diniz, o Carlão, parabeniza o clube pelo empenho e diz que a instituição “se orgulha por ter estudantes tão dedicados ao esporte”. A UnB apoia o esporte universitário por meio de editais e ações permanentes, que incluem a concessão de bolsas e auxílios para viagem e estadia em competições nacionais.

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