As professoras Angela Virgolim, Denise Fleith, Eunice Soriano, Jane Farias e Renata Muniz, do Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de Brasília, foram homenageadas na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), durante sessão solene realizada em comemoração ao Dia do Profissional de Altas Habilidades e Superdotação.
O evento reconheceu o papel da UnB na formação continuada de professores e no apoio à implementação de políticas públicas, em parceria, desde a década de 1980, com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
“Sinto-me profundamente honrada e agradecida por estar presente nesta sessão solene”, disse a professora emérita da UnB Eunice Soriano, uma das pioneiras na área de superdotação, ao relembrar as primeiras ações, ainda na década de 1970, quando foi criado o núcleo de apoio à aprendizagem do superdotado com uma equipe de pedagogos, psicólogos e orientadores educacionais na então Fundação Educacional.
“Sabemos que são muitos os desafios a serem enfrentados para que os superdotados recebam uma educação que de fato atenda a suas necessidades, ainda há muita desinformação acerca do fenômeno da superdotação”, ressaltou a professora Denise Fleith, que parabenizou o trabalho “ininterrupto e de qualidade” realizado há quase 50 anos pela SEEDF a favor do estudante de altas habilidades.
A professora Renata Muniz reiterou a importância da prática baseada em evidências e da formação de professores capazes de identificar e atender alunos superdotados. “Isso nos indica a importância de uma formação de excelência”, defendeu.
Apesar de mais de 60% dos professores da educação básica saberem que existem crianças superdotadas, público-alvo da educação especial, menos de 20% deles sabem como reconhecê-las e o que fazer quando as identificam, de acordo com estudo recente da USP, disse a pesquisadora.
"Nenhum avanço é feito sozinho, o sucesso do atendimento a esses estudantes depende de uma rede de profissionais criativos, competentes e comprometidos com a tarefa", destacou a professora do IP Angela Virgolim.
Professores, psicólogos, médicos, coordenadores pedagógicos e gestores da SEEDF, entre outros especialistas e profissionais, também foram prestigiados por promoverem uma educação inclusiva.
Hoje, segundo dados da SEEDF, mais de 2 mil crianças e adolescentes com altas habilidades e superdotação podem frequentar ambientes preparados para oferecer atividades personalizadas, estimulantes e adequadas ao desenvolvimento socioafetivo e intelectual desses jovens.
Oitenta profissionais especializados atendem mais de cem turmas de altas habilidades, com encontros de 5h por semana, em 32 polos distribuídos no DF. São aulas transdisciplinares em diferentes áreas do conhecimento, como linguagens, ciências da vida e exatas, humanidades, artes e música.
Estiveram presentes a subsecretária de Educação no DF, Vera Lúcia Barros, os professores da SEEDF Marlon Silva, Rachel Rabelo e Saron Batista, a médica Ellen Siqueira, estudantes e familiares. Realizada em 1º de setembro, a sessão solene foi proposta pelo deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil).
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