O Decanato de Ensino de Graduação (DEG) publicou em junho a lista dos vencedores da edição 2024 do Prêmio Anual de Inovação no Ensino de Graduação da UnB. Lançado em 2023, o prêmio estimula a promoção da inovação nas atividades de ensino-aprendizagem, desde a graduação. A premiação aconteceu no fim de agosto, em cerimônia no Anfiteatro 9.
Dividido em seis categorias, a premiação reconheceu o trabalho de docentes com projetos voltados à tecnologia, interdisciplinaridade, práticas inclusivas e protagonismo estudantil. Entre as agraciadas, a professora Tatiane Evangelista (FCTE) teve reconhecida a ação DiverMÁTICA, na categorias de Práticas inclusivas.
O projeto pedagógico integra matemática avançada e inteligência emocional por meio de um jogo de tabuleiro. Ele ainda pode ser replicado em diversas disciplinas e contextos educacionais, criando uma educação mais inclusiva, especialmente para estudantes com necessidades especiais.
“O reconhecimento é extremamente significativo, pois é minha primeira premiação. Ele simboliza a concretização de um sonho e o impacto positivo que a educação pode ter na vida de todos, especialmente daqueles que enfrentam desafios educacionais”, afirma Tatiana. Ela conta que se inspira na filha, que está dentro do espectro autista (TEA), para sempre fazer trabalhos inclusivos.
Entre as menções honrosas, Ana Paula Gurgel (FAU) foi destaque na categoria Uso de recursos tecnológicos/Produção de material didático inovador, com o projeto Uso de prototipagem digital e realidade virtual para o ensino de Teoria e História da Arquitetura, que usa impressões 3D para ilustrar edifícios fora de Brasília ou que não existam mais.
Essa é a segunda vez que a docente é premiada. Em 2023, ela venceu na categoria de Incentivo ao protagonismo do estudante, com o Sistema de livre escolha das atividades em Teoria e História e Prova-jogo. “Eu dou opções de trabalhos, como resumo de textos, colagens, maquetes, dicionários ilustrados e análise de filmes, e os estudantes podem escolher quais fazer. A prova final é um jogo”, explica.
O trabalho da docente também já foi reconhecido duas vezes pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), em prêmio de inovação. Uma vez pelo sistema de ensino inovador e a outra pela ação Hoje a minha escola vai desfilar: proposta lúdico-didática de um baile de carnaval, com fantasias inspiradas na história da arquitetura.
PREMIADOS – Na categoria Uso de recursos tecnológicos e produção de material didático inovador, a docente Maria Cláudia Candeia (FAU) foi premiada pela ação Arquitetura Zeitgeist, enquanto em Integração Ensino-Pesquisa-Extensão, foi agraciado José Jackson (IdA), com o projeto Solos negros nas escolas. Já na categoria Práticas interdisciplinares, a vencedora foi Janara Leal (FAC), com a ação Mundo ao redor.
Em Incentivo ao protagonismo do estudante, a premiação foi para Mônica Nogueira (CDS), com Cocriando uma comunidade de aprendizagem. E, por último, a ação Transformando o estigma histórico de reprovações da disciplina de Análise 1 por meio do método Trezentos e da Aprendizagem Colaborativa, desenvolvida por Mayra Rodrigues (MAT), Igor Lima (MAT) e Ricardo Fragelli (FCTE), venceu na categoria Melhoria de indicadores de aprendizagem.
A edição também contou com sete menções honrosas. Em Uso de recursos tecnológicos, foram reconhecidos: Alvorecer feudal, de Sérgio Andrade de Freitas (FCTE); Eight: aprendendo de forma criava e passando adiante, em oito minutos, de Ricardo Fragelli (FCTE) e Thaís Fragelli (FS); e Laboratórios remotos didáticos, de Alice Ribeiro (IB).
Na Categoria Incentivo ao protagonismo do estudante, para o trabalho de Vanessa Almeida (IL): Protagonismo, avaliação para as aprendizagens docentes e enfrentamento social em práticas inovadoras de ensino de línguas, e em Práticas inclusivas, o destaque foi para o Programa Meninas Velozes, de Déborah Oliveira (FT), Maura Shzu (FCTE) e Dianne Viana (FT).
Já na categoria Integração Ensino-Pesquisa-Extensão, a menção foi para o projeto FarmaVerde, de Náira Campos (FS). "O prêmio reconhece projetos e iniciativas que causam impactos positivos e contribuem para a formação de nossos estudantes. O reconhecimento nos motiva a seguir desenvolvendo ações que contribuem para uma formação multidisciplinar dos nossos estudantes", comenta a professora.
