INOVAÇÃO

Em quatro dias de evento, que recebeu 145 mil pessoas, Universidade expôs 51 projetos desenvolvidos nos quatro campi

Para a montagem do espaço da UnB na Campus Party foram aplicados recursos do Parque Científico e Tecnológico (PCTec/UnB), provenientes de edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Para mostrar à sociedade o conhecimento tecnológico que desenvolve, a UnB participou da 6ª edição da Campus Party Brasília (CPBSB6) com 51 projetos expostos no Espaço UnB Inovação. O evento ocorreu entre os dias 28 e 31 de março, na Arena Mané Garrincha.

 

Segundo Bruno Goulart, coordenador de empreendimentos do Parque Científico e Tecnológico (PCTec/UnB) e organizador do Espaço UnB Inovação, a expectativa era positiva para os projetos expostos. Esta foi a edição em que a UnB participou com maior número de iniciativas. 

 

“O processo seletivo escolheu projetos, startups, empresas juniores e projetos de pesquisa da UnB com nível de maturidade tecnológica mais avançado, além de abranger os quatro campi”, destacou.

 

UM POUCO DO QUE A UnB MOSTROUCom um carro 100% elétrico, a Fórmula Gama Racing (FGR), equipe de competição e projeto de extensão da UnB Gama (FGA), marcou presença na Campus Party. Formada por discentes das Engenharias, que disputam em nível nacional, a equipe desenvolve, a cada dois anos, um novo projeto.

A equipe FGR existe desde 2013, e participa de competições, com foco em “apresentar o projeto e mostrar a performance nas pistas”, como explica a discente de Engenharia de Energia Marina Nery. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Para a integrante Marina Nery, 22, estudante do 9º semestre de Engenharia de Energia, a participação a auxiliou na aprendizagem técnica, administrativa e econômica.

 

“Acredito que a FGR pode contribuir com inovação porque testamos diferentes componentes a cada criação. E sempre trazemos novas aplicações de engenharia para o projeto, e isso ajuda a equipe dentro do curso e também extracurricularmente”, apontou sobre a relevância do projeto para o futuro dos discentes e da sociedade.

 

Pedro Henrique, 18, estudante de Engenharia de Software na Universidade Católica de Brasília, visitou alguns estandes do Espaço UnB Inovação e ficou fascinado. “É a minha primeira vez na Campus Party, e achei interessante que o pessoal apresenta a estrutura dos projetos e também o funcionamento deles na prática. Isso é importante e podemos aprender com o que mostram aqui”, realçou.

 

Outro protejo que participou da CPBSB6 foi a startup Solar Bot, que realiza limpezas a seco em painéis de energia solar. A empresa foi criada por egressos da UnB e apoiada pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). A equipe se desloca até as usinas localizadas em Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro e realiza a limpeza. “De acordo com estudos, o painel sujo com poeira, entre outros resíduos, perde eficiência de 35%. E, com uma única limpeza da Solar Bot, conseguimos aumentar em quase 15% a eficiência do painel”, apontou Catarina Fernandes, 25, egressa de Engenharia Mecânica na UnB.

 

“Os fundadores trabalhavam com energias renováveis e perceberam um gap [lacuna] na indústria, dentro da área de limpeza desses painéis. Atualmente, a limpeza no país é feita com água, só que as usinas de energia solar ficam em locais remotos, com difícil acesso a água filtrada e a água mineralizada danifica a superfície do painel. E, assim, surgimos com um protótipo de limpeza a seco em que se utiliza alta frequência com tecidos de microfibra, que varrem a sujeira do painel”, detalhou.

“A equipe também expõe para captar patrocinadores. Para além disso, é muito satisfatório ver as pessoas demonstrarem interesse, olharem e questionarem a produção do carro”, afirmou o estudante de Engenharia Automotiva Vitor de Toledo. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Aliando vontade de aprender e de ganhar a competição Fórmula SAE BRASIL, organizada pela Society of Automotive Engineers, a equipe Apuama Racing, da Faculdade de Tecnologia (FT/UnB), expôs o carro confeccionado pelos discentes.

 

“Construímos o carro pensando na vitória, mas, quando percebemos uma dificuldade para obter algum material, ou dificuldades relacionadas a grade horária dos integrantes, deixamos um pouco de lado a competitividade para fazer um projeto no qual vamos aprender”, explicou o integrante da equipe Vitor de Toledo, 22, discente do 8º semestre de Engenharia Automotiva.

 

Vitor conta que a construção do carro ocorre do zero e que as diferentes áreas da equipe se complementam. “Partimos do regulamento da competição, vemos o que fazer com o carro e, em seguida, determinada área produz seu projeto. Por exemplo, a área de dinâmica analisa o que fazer com a suspensão, estruturas, chassi e freio. E, assim, cada uma vai surgindo com ideias e juntamos cada produção”, descreve.

 

“Além do carro, existe dentro da equipe a parte de gestão, com estudantes de Administração, Comunicação Social e Marketing, na qual aplicam o que estudam. E para o pessoal da área técnica, que produz o carro, de fato, é uma forma de praticar o que foi aprendido em sala de aula. Isso porque temos disciplinas teóricas, mas, às vezes, o aluno se forma e não sabe exercer de forma prática. Desse modo, o projeto proporciona uma preparação de futuros profissionais”, completou o discente.

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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