
O Conselho Universitário (Consuni) aprovou por aclamação a concessão de título de Professor Emérito ao docente da Faculdade de Tecnologia (FT) Humberto Abdalla Júnior. Na ocasião, a reitora Rozana Naves informou sobre a suspensão da greve dos servidores técnico-administrativos, com retorno das atividades na segunda-feira (6). Houve ainda a apresentação da marca da Semana Universitária (Semuni). A reunião ocorreu nesta sexta-feira (3), no Auditório da Reitoria, campus Darcy Ribeiro, Asa Norte.
GREVE DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS – No informe, a reitora Rozana Naves fez um balanço das ações da gestão em torno da pauta da URP, que incluiu audiências com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), além de articulações com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Advocacia-Geral da União (AGU). “Desde o início, buscamos sensibilizar os órgãos competentes e contribuir com informações técnicas sobre a situação da Universidade”, explicou.
Com a suspensão da paralisação, a gestão da UnB e o Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB) devem agora discutir os procedimentos relacionados à compensação dos dias parados. “Entramos em uma nova fase. É hora de retomar as atividades e seguir participando da mesa de negociação com responsabilidade e diálogo”, concluiu a reitora.
HOMENAGEM – A comissão que analisou o processo de concessão de título de Professor Emérito destacou o reconhecimento de colegas e ex-dirigentes quanto à dedicação e à relevância do trabalho do docente Humberto Abdalla Júnior para o ensino e a pesquisa em Engenharia na UnB. O parecer ressalta a “imensurável contribuição do eminente professor à Universidade de Brasília” e recomenda, de forma unânime, a outorga do título honorífico.
A homenagem reconhece a trajetória do docente, que dedicou mais de quatro décadas à Universidade de Brasília. Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1972; mestre pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janero (PUC-Rio), em 1976; e doutor em Telecomunicações pela Université de Limoges, na França, em 1982, o docente ingressou na UnB em 1983 e tornou-se professor titular do Departamento de Engenharia Elétrica (ENE/FT) em 2000.
Ao longo da carreira, Abdalla teve atuação destacada nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e gestão universitária. Orientou dezenas de trabalhos acadêmicos – 44 monografias, 31 dissertações de mestrado e 6 teses de doutorado – e contribuiu decisivamente para o desenvolvimento do campo das telecomunicações e dos circuitos de micro-ondas, consolidando o Laboratório de Estruturas de Micro-ondas e Ondas Milimétricas (LEMON/FT).
Na produção científica, o docente contabiliza 33 artigos publicados em periódicos, oito capítulos de livros, duas obras organizadas e 133 trabalhos apresentados em congressos. Sua atuação também foi fundamental na construção de parcerias entre a UnB e instituições como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por meio de cursos e projetos que impactaram a formação de profissionais em todo o país.
No âmbito administrativo, exerceu cargos de liderança em diferentes momentos: foi coordenador de pós-graduação em Engenharia Elétrica; subchefe e chefe do Departamento; vice-diretor e diretor da Faculdade de Tecnologia, além de chefe de gabinete da Reitoria entre 2013 e 2016.
O relatório foi elaborado pela Comissão Especial de Concessão de Títulos: Jake Carvalho do Carmo (FEF) – presidente; Liliane Campos Machado (FE); Luciano Emídio Neves da Fonseca (FCTE); Reuber Albuquerque Brandão (FT); e Loussia Penha Musse Felix (FD).
SEMUNI – Durante a reunião, o secretário de Comunicação, João Curvello, apresentou a nova marca da Semana Universitária (Semuni) 2025, que será realizada de 13 a 17 de novembro. O tema deste ano é “Territórios em movimento: saberes, inovação e sociedade”.
Curvello explicou que o processo de criação foi conduzido pela Secretaria de Comunicação (Secom) em parceria com o Decanato de Extensão (DEX), que acompanhou e validou as etapas de desenvolvimento da proposta. “Foi um trabalho construído de forma colaborativa, a partir de referências teóricas e visuais que conectam meio ambiente, desenvolvimento sustentável e integração”, destacou.

A identidade visual da Semuni reflete elementos dos territórios, povos originários e processos de transformação, traduzidos em uma paleta de cores inspirada nas terras, rochas, árvores, solos e frutas do Cerrado. A marca também incorpora grafismos, linhas e texturas que evocam os caminhos e as conexões entre os saberes, compondo um conjunto visual integrado.
Segundo o secretário, a proposta busca dar maior destaque ao tema do evento, tradicionalmente secundarizado nas edições anteriores. “Como o tema tem um apelo muito forte, ele será bastante evidenciado na marca deste ano”, explicou.
A nova assinatura já está disponível para uso das unidades acadêmicas e administrativas que participarão da programação da Semuni. “Os arquivos podem ser baixados e aplicados em diferentes formatos, tanto digitais quanto impressos, garantindo uma comunicação institucional unificada”, informou Curvello.