Em comemoração aos 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) promoveu um evento comemorativo, em 8 de agosto. Na oportunidade, 70 crianças e adolescentes, em acolhimento ou em cumprimento de medida socioeducativa, tiveram contato com três projetos de extensão da UnB.
O evento, realizado na área externa da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude, na Asa Norte, aconteceu em formato similar a uma feira de ciências, possibilitando ao público circular livremente pelos expositores. Entre eles, o Laboratório de Teatro de Formas Animadas (LATA/IDA/UnB), o Laboratório de Fotografia Alternativa (LAFA/IDA/UnB) e a Oficina Permanente de Paleografia (HIS/ICH/UnB).
O formato escolhido confere uma dinâmica que faz com que as crianças e os adolescentes se sintam pertencentes e fortalece a consciência sobre direitos, sonhos e potencialidades, como destacou a promotora de Justiça da Infância e Juventude, Rosana Carvalho. “Evoluímos muito nesses 35 anos, mas ainda precisamos crescer no sentido de dar voz às crianças e adolescentes. E para isso, é preciso que eles percebam que têm direito de falar e de serem ouvidos”, afirmou.
Assim como na edição anterior, o evento também teve palestra, oficinas de moda, ilustrações, fotografia, esporte e batalha de rima. Coordenado pela professora Fabiana Lazzari (IdA/UnB), o LATA contou com apresentações e oficinas de teatro de bonecos e máscaras.
“É importante que a Universidade esteja integrada à comunidade. Faz parte do nosso trabalho mostrar que a arte e a educação fazem parte da vida deles, e evidenciar essa relação de pertencimento e impacto social que ela gera”, comentou a docente.
“Acreditamos que a sociedade tem direito de ter acesso à documentação histórica da formação do Brasil. Participar deste evento é também afirmar que a educação e a história são direitos de todos”, enfatizou a professora Luciana Gandelman (HIS/ICH/UnB), responsável pela oficina de paleografia.
Em sua participação, o LAFA apresentou ao público técnicas históricas de impressão fotográfica, como a cianotipia. Para a graduanda Brenda Torres, bolsista do projeto, a experiência foi enriquecedora, unindo arte e ciência, como forma de aproximar a Universidade da comunidade. “Trabalhar com processos antigos da fotografia é surpreendente, ainda mais por compartilhar isso com jovens que muitas vezes só conhecem o digital”, disse.
