OPINIÃO

Ricardo Borges Oliveira é jornalista da UnBTV e doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (PPGCom/FAC/UnB).

Ricardo Borges Oliveira

 

Em um contexto de grandes mudanças e oportunidades na indústria televisiva, as TVs Universitárias brasileiras vêm buscando se consolidar e proporcionar que as instituições de ensino superior ampliem o diálogo com a sociedade – a exemplo da UnBTV, que comemora este mês 15 anos.


Esse segmento do campo público de televisão continuar a crescer e a se reinventar. Conforme o Mapa 4.0 das TVs Universitárias brasileiras, realizado por meio de parceria entre a Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) e a Universidade de Brasília, há hoje no país 190 TVUs em atividade (crescimento de 26% em relação ao mapa anterior). Vale dizer que o mapeamento integra a pesquisa de Doutorado deste autor na Faculdade de Comunicação da UnB (PPGCom/FAC/UnB).)[1].


São emissoras com diferentes características, infraestruturas, formatos e modelos de gestão. Em comum, buscam divulgar o conhecimento acumulado pela instituição universitária, abrindo espaço para a manifestação e os temas de interesse da comunidade onde atuam.

Constituem, desse modo, um instrumento poderoso para que a universidade chegue além de seus muros. Para tanto, as emissoras veiculam a sua programação por diferentes meios: sinal aberto, via cabo, apenas pela internet (WebTVUs) e até por circuito interno.


Sempre buscando se adaptar e evoluir, percebe-se que as TVs Universitárias vêm utilizando cada vez mais os recursos das mídias sociais digitais (especialmente YouTube, Facebook e Instagram) para se aproximar e interagir com o público. Conforme o Mapa 4.0, todas as TVUs estão presentes no ambiente online. No caso da UnBTV, além de transmitir pelo Canal 15 da NET Brasília, a emissora exibe a sua programação pelo site próprio e atua intensamente nas plataformas digitais. Conforme levantamento da pesquisa de Doutorado (em andamento), a emissora da UnB, assim como a grande maioria das TVUs analisadas, utiliza os recursos das novas mídias como um Espaço de Relacionamento. Nesse nível de planejamento, o foco é a criação de um espaço de diálogo autêntico, em um canal de mão dupla, percebendo as interações como uma oportunidade para uma conversa aberta com os usuários das plataformas.


Desse modo, a UnBTV tem se valido da sua vocação laboratorial para buscar estabelecer uma comunicação autêntica com o seu público, de forma dialógica e interativa. Ainda há muito a aperfeiçoar, mas a emissora tem avançado, superando as dificuldades estruturais, nestes tempos de restrições orçamentárias pelos quais enfrentam as universidades públicas brasileiras.


Vale frisar que a UnBTV é um exemplo de resiliência, superando as muitas dificuldades no caminho. Sempre com muito empenho da equipe, a emissora se mantém atuante, comprometida com a sua missão institucional, sem perder a ousadia experimental. Que a UnBTV siga forte e reconhecida, nas mais diferentes telas!

 

[1] Os resultados estão disponíveis no seguinte endereço: <www.mapatvu.org.br>, site desenvolvido com recurso de edital da UnB (DPI/UnB N° 04/2019).

 

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