OPINIÃO

André Luiz Teixeira Reis é graduado em Educação Física e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB) e doutor em Exercício e Ciências da Saúde pela Universidade de Bristol, Inglaterra. Possui pós-doutorado pelo Departamento de Antropologia da Universidade de Calgary, Canadá. É professor da UnB, na área de metodologia de ensino de esportes coletivos e da prática de ensino. Foi chefe do Centro Olímpico, vice-diretor da Faculdade de Educação Física e coordenador de Esporte e Lazer da Diretoria de Esporte e Lazer do Decanato de Assuntos Comunitários da UnB. Foi diretor do Departamento de Educação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário. 

André Reis¹

 

O Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) dá condições à comunidade acadêmica – discentes, docentes, técnicos administrativos e outros grupos relacionados ao ambiente universitário – de vivenciar oportunidades de fruição de questões relacionadas à cultura, ao esporte, ao lazer e a outras atividades que proporcionem qualidade de vida e até promoção da saúde.

 

Na atual gestão, procuramos formular e implementar uma política de Esporte, Arte e Cultura que possibilite o acolhimento e a oferta de um espaço alternativo para uma permanência qualificada de estudantes, dos técnicos, dos professores e de todos os colaboradores da Universidade.

 

Essas atividades não podem ser dissociadas do ensino, da pesquisa e da extensão. Por esse motivo, trabalhamos de maneira interdisciplinar. As ações do DAC têm sido discutidas com todos os decanatos, com a administração superior, com os discentes e com a comunidade.

 

Um dos nossos principais objetivos com essa nova política é transformar a comunidade acadêmica em protagonista e não meramente receptora das ações. Nesse sentido, nosso papel é criar mecanismos para utilização do aparato que existe no DAC para que nossos públicos-alvo desenvolvam programas, projetos e atividades, elaboradas por eles mesmos e para eles mesmos.

 

A ideia é fomentar, cada vez mais, oportunidades para que as pessoas desenvolvam talentos. Não porque queremos descobrir novos artistas, mas porque queremos ver uma comunidade que possa ter mais momentos de prazer, promovendo qualidade de vida e saúde num sentido holístico: não só como ausência de doenças, mas como a satisfação por estar na Universidade.

 

Outra estratégia importante da nossa política é o que chamamos de “curricularização” das atividades promovidas pelo decanato de Assuntos Comunitários. Ou seja: possibilitar que a participação dos alunos nas nossas atividades possa valer como créditos de extensão, de módulo livre ou de atividade complementar nas suas unidades acadêmicas, de acordo com a natureza dos cursos dos nossos estudantes.

 

Com essas duas metas em vista, a política objetiva promover a realização de atividades artístico-culturais, articuladas aos processos de ensino, pesquisa e extensão, propiciando à nossa comunidade acadêmica experiências estéticas, de fruição e também de reflexão.

 

A prioridade é promover, ao máximo, a participação efetiva de estudantes, professores e técnicos na elaboração, na execução e no aproveitamento das atividades de Cultura, Esporte, Lazer, Diversidade e outros temas da alçada do DAC.

 

Todas as diretorias da Universidade estão irmanadas nessa missão e nesse princípio. A partir do segundo semestre de 2018, vários editais estão sendo lançados para que a comunidade acadêmica possa se engajar e propor ações por ela mesma.

 

Nós reconhecemos a importância das agremiações, dos clubes esportivos, dos grupos de arte e cultura que existem na Universidade. Nossa ideia é que esses editais possam trazer indivíduos e grupos talentosos para dentro do DAC, com o decanato atuando como um braço forte para que eles possam, com a ajuda de um certo grau de institucionalização, estar junto conosco, fazer e divulgar suas atividades.

 

Outro esforço do decanato será o de viabilizar parcerias: com entes da própria Universidade ou externos à mesma. Com o objetivo de trazer benefícios, principalmente, em relação à reestruturação dos espaços físicos que nós temos.

 

Esse é um dos principais desafios da nossa política: a infraestrutura. Esse é um problema terrível na Universidade de Brasília, ainda mais agora que tivemos cortes orçamentários. Porque todas as ações que a gente está fazendo irão, necessariamente, demandar espaços para acontecer. Por isso é tão importante que a gente consiga estabelecer parcerias estratégicas.

 

Dentro dessa realidade, serão possíveis diferentes formatos de atividades. Por exemplo, na área cultural, digamos que você seja um bailarino. Você se inscreve no edital para apresentar uma peça. Caso seu projeto seja aprovado, há uma bolsa para você, um valor para implementar essa ação e você oferta um cronograma de apresentações.

 

Existe a possibilidade de oficinas artísticas. O que é? Você é bailarino e quer criar um grupo de balé aqui na UnB. Nesse outro edital, você vai ganhar uma bolsa para pesquisar, para ter material e dar aula por um tempo. Teremos várias oficinas.

 

Esses são alguns exemplos de apenas uma área de atuação do decanato de Assuntos Comunitários. A política desenvolvida pela nossa gestão reúne diversos segmentos de atuação, nas quais os editais e as parcerias serão os principais mecanismos.

 

O objetivo final dessa política é a promoção de saúde e bem-estar da comunidade acadêmica. Quando a gente fala de promoção de saúde e bem-estar, não estamos falando, exclusivamente, do ponto de vista fisiológico, funcional ou biológico. Mas também no sentido da saúde mental e outros tipos: saúde cultural, saúde política, saúde social.

 

Nossa missão é procurar fazer que o estudante se sinta na Universidade como ele se sente na própria casa.

 

Para conhecer mais sobre as oportunidades oferecidas pelo decanato de Assuntos Comunitários nas áreas de Cultura, Esporte, Lazer e Diversidade, acesse o site do DAC. <http://www.dac.unb.br/>

Além dessas áreas de atuação, o DAC é responsável pelos programas de moradia estudantil, de permanência, de alimentação e de apoio pedagógico para alunos de baixa renda.

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¹  André Reis é professor da Faculdade de Educação Física e decano de assuntos comunitários da Universidade de Brasília.

Palavras-chave

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