COVID-19

Documentos devem indicar estratégias para adequação de espaços e condutas em eventual retomada presencial. Tema será discutido em oficina na quinta (6)

Planos devem prever, por exemplo, protocolos em caso de contaminação pelo novo coronavírus. Foto: Pixabay

 

Unidades acadêmicas e administrativas da Universidade de Brasília têm até 30 de maio, prazo previsto desde a aprovação da Resolução nº 0006/2021 do Conselho de Administração (CAD), para elaborar planos de contingência locais, tendo em vista futura retomada das atividades nos campi. Os documentos precisam levar em consideração orientações dadas pelo Comitê de Coordenação de Acompanhamento das Ações de Recuperação (Ccar) e aplicá-las de acordo com sua própria realidade. Além disso, eles também devem prever cenários de atuação na situação de retorno presencial integral ou parcial.

 

>> Unidades devem elaborar planos de contingência locais

 

Para a elaboração, as unidades devem consultar oito documentos norteadores listados na resolução. Entre eles, o Plano de Contingência UnB, o Plano Geral de Retomada das Atividades e o Guia de Recomendações de Biossegurança, Prevenção e Controle da Covid-19. Uma vez elaborados, os planos locais devem ser aprovados pelo conselho da unidade, caso haja.

 

A construção de um plano adequado à cada unidade visa preparar ações bem-sucedidas de enfrentamento à pandemia de covid-19 em eventual retorno à presencialidade, levando em conta as necessidades específicas dos setores, faculdades, institutos e departamentos da Universidade. Wildo Navegantes, professor de epidemiologia da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e presidente do Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes), destaca que cada unidade compreende melhor seu funcionamento e as medidas de controle epidemiológico precisam dar vazão a este conhecimento.

 

O docente acredita que a elaboração dos planos específicos fará com que a comunidade local, principalmente gestores e público envolvido no trabalho de formulação, passem a ficar mais atentos ao que precisa ser feito como medida preventiva. Como consequência, o risco de disseminação do Sars-Cov-2 será menor. “Isso ajudará a despertar interesses em resolver barreiras no controle da covid-19, incluindo as não detectadas ou problemas adormecidos, afinal, só os gestores locais conhecem as fraquezas e fortalezas de sua estrutura e comunidade local”, assegura.

 

COMO ELABORAR – Há instruções para elaboração dos planos de contingência no Guia de Recomendações de Biossegurança, com 12 pontos a serem contemplados. Entre eles, identificação dos espaços a serem utilizados; indicação de pontos para disponibilização de dispensadores de álcool em gel; determinação de número máximo de usuários simultâneos para cada espaço; designação de responsáveis pelo cumprimento das medidas de segurança em cada ambiente; e, ainda, descrição de escala de servidores e protocolos de ação em caso de suspeita de contaminação pelo novo coronavírus.

 

>> Acesse aqui o Guia de Biossegurança 

 

Outro documento norteador é o Guia Metodológico de Avaliação de Ambientes de Ensino Pós-Covid, desenvolvido pelo Subcomitê de Infraestrutura e Serviços da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) tendo como referência a realidade da própria unidade acadêmica. O documento oferece abordagens metodológicas com o intuito de auxiliar gestores na reavaliação dos espaços, o que pode gerar uma ocupação mais segura e responsável dos ambientes.

 

O guia traz levantamento de práticas e recomendações, como distanciamento social, higienização, ventilação, circulação e triagem de usuários e sinalização. O levantamento do material técnico e científico relacionado à adequação das estruturas apresenta recomendações e estratégias que possam contribuir para eventual retorno das atividades presenciais de forma segura.

 

O método de avaliação dos espaços proposto considera critérios como a possibilidade de higienização constante das superfícies e a ventilação dos espaços, observando se esta é constante, com portas e janelas abertas, ou se é artificial. Com base nesses aspectos, é possível estabelecer uma classificação dos ambientes, por nível de complexidade, em relação à ocupação e propor medidas de adequação.

 

Uma das orientações é quanto à alteração do leiaute de espaços para ocupação e manutenção de distância de 1,5 a 2 metros entre pessoas e cadeiras, interditando assentos de forma intercalada nos ambientes. Proibir o uso de salas sem ventilação adequada, deixar portas e janelas abertas e realizar atividades ao ar livre, quando possível, também são estratégias apontadas para reduzir os riscos de contaminação. Nos ambientes, é possível ainda inserir sinalização para incentivar a manutenção do distanciamento social e regular os fluxos de circulação de pessoas.

 

Há ainda outras dicas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, como limitação de uso de objetos compartilhados e incentivo a estudantes, docentes e técnicos quanto à higienização de objetos e superfícies e lavagem de mãos, com a disponibilização de pias e dispensadores com álcool em gel.

 

Wildo Navegantes realça a importância dos documentos orientadores para auxiliar as unidades a darem os próximos passos. O docente considera ser necessário envolver o público na adoção da responsabilidade compartilhada. “Assim, aplicamos na prática uma mudança de comportamento, construindo o plano. Não só elaborando mas, realizando testes para adequá-lo a cada novidade quanto ao conhecimento gerado sobre esta doença”, frisa.

Oficina será oportunidade de debate coletivo sobre os planos de contingência. Arte: UnBTV

 

ATUAÇÃO CONJUNTA – Nesta quinta-feira (6), às 14h30, os representantes das unidades acadêmicas e administrativas têm a chance de participar de oficinas para discussão dos planos de contingência locais. Com transmissão pelo canal da UnBTV no YouTube, a ação é promovida pelo Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar) e pelo Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes). Esta será a primeira de uma série de oficinas que terá como objetivo a apresentação e discussão dos planos de contingência solicitados a todas as unidades acadêmicas e administrativas  

 

É recomendável que os integrantes de cada equipe de trabalho envolvida na construção dos documentos acompanhe a transmissão da UnBTV. Já os gestores devem participar das oficinas pela plataforma Teams. O momento será uma oportunidade de somar esforços e compartilhar ideias, a fim de que todas as unidades possam contar com um plano de contingência robusto e que lhes garanta uma retomada de maneira segura e responsável.

 

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