A Universidade de Brasília recebeu, na tarde desta quarta-feira (13), a visita do reitor da Universidade Nacional de Artes da Coreia do Sul, Kim Bongryol. Os encontros aconteceram no Instituto de Letras (IL), com o professor Marcus Vinícius de Lira, responsável pela iniciativa do convênio, e no gabinete da reitora Márcia Abrahão.
“Essa parceria é uma oportunidade de nossos estudantes conhecerem o mundo, já que somos dois países quase diametralmente opostos no globo”, manifestou Bongryol sobre a possibilidade, ainda não formalizada. O gestor acredita que, ao conhecer uma cultura tão diferente, os alunos estão expandindo seus conhecimentos sobre o planeta.
Já o professor Marcus Lira frisou que, apesar do Instituto de Letras (IL) ser o ponto de partida para a parceria, as possibilidades de troca devem se estender a outras unidades acadêmicas. “O IL é nosso contato com a Ásia. O pontapé inicial para esta etapa foi o estabelecimento do Instituto Rei Sejong, lançado em 2018. O interesse dos estudantes é grande e a demanda, intensa”, relatou o docente, que coordena o Núcleo de Estudos Asiáticos (Neasia) da Universidade.
Representantes das duas instituições sinalizaram vontade de ampliar as possibilidades de acordo. A reitora Márcia Abrahão sugeriu que futuras parcerias com a Universidade Nacional de Artes da Coreia e o Instituto Rei Sejong contemplem exposições nos espaços culturais da UnB.
O embaixador sul-coreano, Kim Chan-woo, também presente no encontro, lembrou que, em 2019, são celebrados os 60 anos das relações diplomáticas entre seu país e o Brasil. “Desejamos que as parcerias daqui para frente sejam ainda mais frutíferas”, afirmou Chan-woo.
Entre os próximos passos para aprofundar as relações da UnB com a Coreia do Sul por meio do Instituto Rei Sejong estão a possibilidade de aproveitamento dos créditos da disciplina Língua Coreana e a criação de mais disciplinas e turmas do idioma e de cultura coreana, maior demanda dos estudantes segundo Marcus Lira.
No último semestre (2º/2018), o processo de matrícula para o nível básico 1 da língua coreana foi presencial, houve filas e as vagas ofertadas acabaram em 15 minutos. Com isso, espera-se que todas as 45 oportunidades previstas para o primeiro semestre letivo de 2019 sejam preenchidas. Desde o lançamento do Instituto Rei Sejong na UnB, cerca de 70 pessoas já foram atendidas.
Atualmente, a Universidade de Brasília possui convênio com as seguintes instituições coreanas: Busan University of Foreign Studies; Hankuk University of Foreign Studies; Korea Brazil Society e Yeungnam University. O reitor Bongryol considera que nestes acordos o intercâmbio de alunos é tão importante quanto o de professores. “Como estão em faixas etárias similares, a sinergia será maior ainda”, defendeu.
ARQUITETURA – Durante o encontro com a reitora Márcia Abrahão, Kim Bongryol falou sobre seu interesse pela arquitetura de Oscar Niemeyer, cujos prédios ocupam Brasília e a UnB.
Márcia o convidou a conhecer os desenhos originais do arquiteto brasileiro, em exposição no Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan), órgão da Universidade que homenageia o arquiteto. “Nossa instituição é jovem, mas temos cursos muito bem conceituados, de graduação e de pós-graduação, inclusive em artes e arquitetura”, destacou.