INCENTIVO

Projetos liderados por Camilla Orlando buscam incluir mulheres no esporte. Ela também participou de workshop promovido pela CBF

 

Treinadora Camilla Orlando com jovens atletas do futebol. Foto: Arquivo pessoal

 

É preciso criar uma cultura de esporte feminino no país, em especial no futebol. É o que defende a profissional de Educação Física, ex-atleta e treinadora do time de futebol feminino da Universidade de Brasília, Camilla Orlando. Em workshop da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), realizado na sexta-feira (31), em Brasília, ela destacou o potencial das atletas do país e apresentou iniciativas que buscam incluir mulheres em um universo ainda com predominância masculina.

 

“Fizemos duas peneiras com 40 meninas em três semanas”, disse Camilla sobre seleção realizada para montar o time da UnB. Seu sentimento é de que a demanda pode ser ainda maior com mais divulgação desse trabalho. “A Universidade de Brasília é um celeiro do esporte”, avalia ela, que é graduada pela norte-americana Lincoln Memorial University, com diploma validado na UnB. Os estudos no exterior foram garantidos por bolsa integral graças ao desempenho no futebol.

 

A atividade no meio universitário é apenas uma das empreitadas de Camilla na luta pela participação feminina. Ela coordena um projeto que leva o futebol para meninas da Cidade Estrutural. Além do treinamento, a iniciativa oferece oportunidade de ensino de inglês às jovens atletas. Parceria com a Escola Americana de Brasília permite a realização de aulas duas vezes por semana. “Conseguimos entrar nessa comunidade pelo esporte”, afirma.

 

A treinadora também dirige uma academia de futebol voltada para preparar atletas e treinadoras que sonham em seguir na carreira, seja na fase escolar, universitária, amadora ou profissional. Camilla lidera ainda a campanha Brasília de Mãos Dadas pelo Esporte Feminino, que promove eventos exclusivos para mulheres.

 

“O que não falta é menina para jogar”, garante. “Esse esporte pode mudar nossa vida e nossa sociedade”, aposta ela, que fez curso de treinadores na CBF em que era a única mulher entre 50 inscritos.

Camilla Orlando, durante outro evento da CBF. Foto: Reprodução CBF

 

PROFISSIONALISMO – Gestão profissional e saúde no esporte foram tema da palestra do professor da Faculdade de Educação Física (FEF) Paulo Henrique Azevêdo, que antecedeu Camila Orlando no workshop da CBF. Durante cerca de 40 minutos, o docente enumerou medidas necessárias para a conquista do sucesso esportivo e administrativo.

 

Paulo Henrique, que é líder do grupo de pesquisa Gestão e Marketing da Educação Física, Esporte e Lazer (Gesporte/FEF), também apresentou informações que mostram a relação entre modelos de gerenciamento esportivo, práticas de qualidade de vida e prevenção de lesões.

 

Intitulado CBF + Saúde, o workshop foi promovido pelo braço social da confederação e recebeu o apoio da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer (SEL), da Comissão Nacional de Médicos do Futebol (CNMF/CBF) do Centro de Excelência Médica da Fifa e do Hospital Ortopédico e Medicina Especializada.

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