ESPORTE

Competição nacional disputada no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais é seletiva para Sul-Americano e Grand Prix da modalidade

Saltadoras se esforçam para atingir seus melhores índices. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

A partir desta quarta-feira (15), o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da UnB sedia as seletivas para o Campeonato Sul-Americano Júnior de Saltos Ornamentais e para o Grand Prix da Federação Internacional de Natação (FINA). As competições reúnem 32 atletas juvenis e adultos que se destacam entre os melhores da modalidade. As provas acontecem de manhã e à tarde, são abertas ao público e seguem até o próximo domingo (19). 

 

Na modalidade, o objetivo fundamental dos atletas é saltar em direção à água e fazer acrobacias com o corpo, até mergulhar na piscina. As provas são realizadas em trampolim de um e três metros de altura ou a partir de uma plataforma de concreto, com alturas de cinco, sete e meio e dez metros. O vencedor é aquele que conseguir a maior pontuação nos critérios de performance do seu salto. Os atletas podem competir em duplas (salto sincronizado) ou individualmente.

Luis Felipe treina forte para integrar equipe olímpica brasileira. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

TALENTOS – Luis Felipe de Moura é um dos destaques no torneio. Há três anos, ele treina nas piscinas da Universidade de Brasília. O jovem de 14 anos começou a saltar por causa do incentivo que teve na escola. “Eu estudava no Gama. Um dia, uma professora me viu e disse que eu tinha jeito para praticar o esporte”, diz. A rotina de treinamento de Felipe é de cinco horas por dia. Em 2020, ele pretende estar bem preparado para participar dos Jogos Olímpicos que acontecerão em Tóquio, no Japão.

 

Outra atleta que se sobressai nas piscinas é Anna Lúcia dos Santos. Ela foi campeã sul-americana em 2015 e também treina na UnB. A saltadora de 15 anos considera que a estrutura das instalações do Centro Olímpico da Universidade de Brasília é ideal para a sua preparação. “Aqui, tenho todos os equipamentos necessários para treinar com qualidade”, afirma. Na seletiva para o Sul-Americano, ela acredita que tem mais chances de se classificar no trampolim individual de um metro.

 

Na categoria juvenil, também briga por uma vaga para disputar a competição sul-americana o atleta Kawan Pereira, campeão brasileiro entre os atletas de 14 a 15 anos. A competição dos jovens saltadores acontece na cidade de Cali, Colômbia, em abril deste ano. 

Para Anna Lúcia, a UnB tem excelente estrutura de treinamento. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

OLIMPÍADAS – Tammy Galera foi finalista olímpica no salto de três metros sincronizado em 2016. Junto com Juliana Veloso, ela ficou em 8º lugar nos Jogos do Rio. A saltadora começou no esporte aos 12 anos de idade e hoje, com 25, ainda sonha em disputar mais uma olimpíada. “Estou num novo ciclo olímpico e, agora, o meu foco principal são os jogos de Tóquio 2020. Estou treinando forte pra isso.”

 

Ian Matos também participou de uma final olímpica no Rio de Janeiro. No salto sincronizado de trampolim, também ficou em 8o lugar, junto com Luiz Outerelo. O paraense começou sua carreira aos 11 anos, num projeto social de iniciação esportiva desenvolvido pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Hoje, aos 27, Ian também está focado em participar dos jogos olímpicos em 2020. “Sou um atleta que me cuido muito. Acredito que posso chegar bem para competir em alto nível nos jogos de Tóquio.”

 

Ian Matos começou no esporte nas piscinas do Pará e pretende disputar os Jogos de Tóquio 2020. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

Em Brasília, Tammy e Ian lutam por um lugar na equipe brasileira que vai disputar o Grand Prix Internacional de Porto Rico, que acontece em maio. Também participam do torneio seletivo disputado no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais Giovanna Pedroso, Luiz Outerelo, Ingrid Oliveira e Jackson Rondinelli. Todos eles integram a equipe brasileira de saltadores que disputou as olimpíadas no ano passado.

 

Além de ser a primeira competição oficial do ano, a seletiva também serve como desafio para os atletas que pretendem alcançar índices ao Mundial de Esportes Aquáticos que acontece em julho, na cidade de Budapeste, na Hungria. 

Projeto Saltando para o Futuro enxerga as crianças como os esportistas do amanhã. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

O saltador Hugo Parisi é um dos incentivadores da seletiva. Para ele, trazer uma competição dessa importância para a capital federal é uma forma de divulgar o esporte e encorajar jovens a praticar os saltos ornamentais. “Brasília sempre se destaca na modalidade. Tanto na organização de competições, como na formação de atletas. Por isso, merece sediar essa seletiva de saltos”, opina. Ele competiu na olimpíadas do Rio 2016 e ficou em 16º lugar. Na sua preparação, treinou nas piscinas da Universidade de Brasília.

 

PROJETO – Com o objetivo de estimular a iniciação nos saltos ornamentais, a Universidade de Brasília, junto com outras entidades, desenvolve o Projeto Saltando para o Futuro. São cerca de 80 crianças com idade entre seis e treze anos, que dão os primeiros mergulhos já com vistas ao esporte. Pollyanna Lacerda, professora no projeto, observa que a iniciativa possibilita o surgimento de atletas de alto rendimento. “Aqui, temos o melhor espaço físico do Brasil. Com essa estrutura, podemos formar vários atletas para competições aquáticas de alto nível”, diz.

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