NOVAS FRONTEIRAS

Nova missão do BryoAntar, do Instituto de Ciências Biológicas (IB), vai estudar microrganismos das plantas do continente gelado

O Brasil faz parte do grupo de países que possui base permanente na Antártica. A UnB participa de programa para desvendar os mistérios do continente por meio de pesquisas. Foto: Marcelo Jatobá/Secom UnB

 

Após anos pesquisando a vegetação da Antártica, o projeto BryoAntar avança para um novo foco de estudos: a fauna da região. Mais especificamente os organismos que habitam a vegetação local e como essas diversidades interagem. Realizado pelo Laboratório de Criptógamas, do Departamento de Botânica (BOT/IB/UnB), o projeto enviará em dezembro grupo composto por professores e estudantes em missão ao continente gelado.

 

O BryoAntar coleta amostras da Antártica para entender melhor os organismos presentes no continente. O projeto integra o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) – da Marinha do Brasil –, que promove pesquisa científica diversificada e de alta qualidade naquela região.

 

“Atualmente, o BryoAntar é o único pesquisando botânica na Antártica. Os estudos lá são mais voltados para oceanos e animais. Pouca importância se dá às plantas. Muita gente acha que nem tem plantas na região. Estamos estudando a vegetação e como ela vai se alterando à medida que o ambiente físico se altera. Conforme as geleiras vão derretendo, retraindo ou avançando, de que maneira a vegetação responde a isso”, explica o professor Paulo Câmara, do Instituto de Ciências Biológicas (IB), um dos responsáveis pelo projeto.

 

Há mais de 10 anos realizando pesquisa sobre a flora no continente, agora, os estudos se voltam também para animais que convivem com as plantas pesquisadas, como ácaros e outros seres microscópicos. “A gente vai trabalhar com a fauna escondida e inconspícua. Uma fauna que a gente não costuma ver na Antártica. Iremos verificar os animais que estão escondidos dentro dos musgos. Os bem pequenos e para os quais ninguém dá bola. Esses são os organismos que vivem realmente na região”, destaca a professora Micheline Carvalho Silva, do Departamento de Botânica (BOT/IB), também integrante do projeto.

 

A Secretaria de Comunicação da UnB participou de uma das expedições até o continente gelado. Em 2018, a revista Darcy publicou um número voltado à atuação brasileira e da Universidade de Brasília na Antártica. A repórter Vanessa Vieira e o designer e fotógrafo Marcelo Jatobá visitaram a Estação Antártica Comandante Ferraz. O que vivenciaram lá foi transformado no dossiê da edição, que inclui depoimentos sobre o dia a dia dos pesquisadores em mares antárticos. 

 

>> Leia Revista Darcy nº19 - Pesquisa Brasileira da Antártica

 

EXTREMO OPOSTO – Em 2023, a UnB desbravou também o extremo norte do planeta. Em parceria com a Universidade Federal de Minas (UFMG), a Universidade de Brasília coordenou a primeira expedição científica brasileira no Ártico. O objetivo da missão foi conhecer e compreender a biodiversidade de um dos locais mais gelados do planeta. A viagem também analisou o impacto das mudanças climáticas na região e meios para promover sua preservação ambiental. Leia a reportagem completa aqui.

 

Assista à reportagem da UnBTV para saber mais sobre os próximos passos da UnB na Antártica:

 

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