DESAFIOS GLOBAIS

Graduanda de Biotecnologia participará de debates na Youth ag-Summit, que acontece em outubro, na Bélgica

 

Letícia Marques, do 7º semestre de Biotecnologia, vai unir suas ideias às de outros 99 jovens de todo o mundo em busca da erradicação da fome. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Estudante do sétimo semestre do curso de Biotecnologia na UnB, Letícia Marques vai embarcar para Bruxelas, na Bélgica, em outubro. Ela foi selecionada para participar da terceira edição da conferência internacional Youth ag-Summit, cujo objetivo é debater ideias para o combate à fome no mundo. Junto com ela, foram selecionados outros quatro jovens brasileiros. No total, entre os dias 9 e 13 de outubro, serão 100 jovens, de 18 a 25 anos, oriundos de 49 países, discutindo formas de enfrentar a fome.

 

Em janeiro deste ano, Letícia Marques escreveu uma redação em inglês – método de seleção para a conferência – com o tema Como alimentar um planeta faminto. Ela concorreu a uma das vagas com 1.200 candidatos de todo mundo. O texto da universitária propunha mudanças em diversos setores que envolvem a alimentação: produção, estoque, comercialização, transporte e cadeia de consumo.

 

“Minha redação focou em formas de aumentar a produtividade e combater o desperdício”, conta. A estudante destaca a importância de “pensar em modos mais sustentáveis de produção, para que as próximas gerações tenham condições de viver e não tenham problema com insegurança alimentar”.

 

Sobre transporte, Letícia Marques observou as contradições do Brasil, quinto país em extensão do mundo. Segundo ela, o sistema de transporte de carga não condiz com as especificidades locais. ”São estradas ruins, combustíveis muito caros e, com a perda de parte da carga nas rodovias, há aumento do preço dos alimentos”, aponta, sugerindo investimento e melhorias no setor.

 

Outro ponto da redação foi dedicado aos modos de comercialização. “Como sociedade, acredito que precisamos de melhor compreensão do que é comida. Temos um paradigma que é visual, mas creio que devemos pensar no quesito nutricional acima de tudo”, considera.

 

Letícia vê a biotecnologia muito relacionada à questão de segurança alimentar, principalmente nas relações com o campo e com a escassez de água, um dos problemas da contemporaneidade. A estudante afirma estar ansiosa pela oportunidade de conhecer as ideias dos outros 99 participantes. “É um tema desafiador. Se fosse simples, não teria tanta gente passando fome por aí”, afirma.

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