Retomada de alguns serviços está sendo planejada com segurança para atender outras necessidades de saúde da população do DF

HUB inicia retorno gradual de consultas eletivas. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) começa a retomar gradualmente as consultas eletivas, aquelas não consideradas emergenciais. Os atendimentos haviam sido reduzidos em março deste ano, quando foi declarada a pandemia do novo coronavírus pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

A medida visa atender outras necessidades de saúde da população do Distrito Federal, em especial dos pacientes crônicos, que não podem ficar desassistidos por muito tempo, sob risco de agravamento da doença. "O retorno foi planejado para termos uma gestão de filas eficaz e para oferecer segurança no atendimento ao paciente, para que não seja exposto a um ambiente de aglomeração", explica o gerente de Atenção à Saúde do HUB, Rodolfo Borges de Lira.

 

Para que o retorno seja seguro a usuários e profissionais, o HUB definiu algumas estratégias, como a retomada de 40% da capacidade do atendimento ambulatorial e o agendamento de apenas três pacientes por hora em cada especialidade. Para a própria segurança, eles só poderão entrar no prédio com 15 minutos de antecedência da hora marcada, garantindo menor circulação de pessoas dentro dos ambientes internos.

 

A realização de consultas por telemedicina é mais uma iniciativa. As especialidades que já aderiram ao atendimento virtual são a cardiologia, endocrinologia, psiquiatria, reumatologia e saúde indígena. A equipe do hospital está entrando em contato com os pacientes para marcação das consultas virtuais.

 

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Outra atividade que está sendo retomada aos poucos é a realização de estágios obrigatórios dos cursos de graduação da saúde e medicina da Universidade de Brasília (UnB). O retorno foi planejado por curso, com redução do número de alunos em cada serviço do hospital para cumprir o distanciamento. Entre as medidas de segurança, estão distribuição de equipamentos de proteção individual, triagem para quem apresenta sintomas, realização de teste rápido e treinamentos em biossegurança.

 

DOENTES CARDÍACOS – O HUB reorganizou a ala exclusiva para internação de pacientes com a covid-19, que atualmente tem 20 leitos, sendo dez de terapia intensiva, todos com suporte respiratório e dialítico, e dez de enfermaria, voltados aos casos em que não há necessidade de uso de ventilação mecânica. A Unidade de Manejo da Síndrome Respiratória Aguda Grave (USRAG), como é chamada, chegou a ter 40 leitos de julho até o começo de agosto, quando a demanda por internação aumentou no DF.

 

No entanto, a ampliação de leitos para covid-19 pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) possibilitou ao HUB o remanejamento de leitos da USRAG para outros serviços do hospital, atendendo uma demanda crescente durante a pandemia: a de pacientes cardiopatas, que possuem insuficiência cardíaca ou tiveram infarto.

 

Do total de 19 leitos gerais da UTI Adulto, 16 agora são específicos para atender esse perfil. Os demais recebem casos de cirurgias oncológicas, transplantes e angioplastia. Outros leitos da USRAG foram para a Clínica Médica, onde ficam internados os pacientes cardíacos que recebem alta da UTI e pessoas com outras doenças. "Com a abertura de leitos em outros hospitais, o HUB passa a garantir esse cuidado que outras unidades não podem no momento", afirma o gerente de Atenção à Saúde, Rodolfo Borges de Lira.

 

PLANO DE RETOMADA – Além das consultas e estágios obrigatórios, o HUB estuda retomar outros serviços do hospital ao longo do ano, como cirurgias não emergenciais e atendimento odontológico. O planejamento está em fase de construção e leva em conta o cenário epidemiológico do DF (média móvel de casos novos e óbitos), segurança no fornecimento de insumos e demandas apresentadas pela UnB e pela SES-DF.

 

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