ACESSIBILIDADE

Instalações atendem a uma demanda de banheiro público no térreo da ala norte. Espaço também conta com bebedouro e cabines de uso comum

A servidora Rosilene Coelho e a estudante Milena Silva ao lado de representantes do PPNE, Reitoria, Ceplan e Infra. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

  

Com a regulamentação do sistema de cotas para pessoas com deficiência nas universidades e instituições federais de ensino, a questão da acessibilidade está cada vez mais presente nas políticas inclusivas. Foi essa preocupação que motivou a instalação de novos sanitários para pessoas com deficiência no Instituto Central de Ciências (ICC), no campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília.

 

O ICC, conhecido como Minhocão, tem cerca de 700 metros de comprimento e é a maior edificação do campus, por isso ganhou mais um banheiro público com toaletes adaptados. O espaço, que originalmente era uma sala de aula, foi escolhido para facilitar o acesso do usuário que transita pela ala norte do Instituto.

 

A inauguração foi realizada nesta terça-feira (27) e reuniu autoridades da UnB e representantes da comunidade acadêmica. “Mais do que uma obra, trata-se do reconhecimento das pessoas com deficiência e de dar condições para elas trabalharem e estudarem na Universidade”, expressou a reitora Márcia Abrahão.

 

Para a reitora, essa ação demonstra a preocupação com o bem-estar de todos, melhorando a qualidade dos espaços e a acessibilidade. “Já está em discussão no Conselho de Administração a Política de Acessibilidade, que deverá ser aprovada em breve”, lembrou. Além disso, ela também informou que está sendo estudada, junto com a Novacap, a possibilidade de colocação de mais rampas e calçadas acessíveis pelo campus.

 

Secretária de Infraestrutura (Infra), Helena Zanella contou que a demanda foi feita pela Coordenação de Apoio às Pessoas com Deficiência (PPNE). “Na Infra, nós temos muita dedicação, boa vontade e sensibilidade para atender a comunidade acadêmica”, sinalizou.

 

Coordenadora do PPNE, Thais Imperatori apontou que em pouco tempo houve muitos avanços, mas ainda há muitos desafios a serem superados: “Precisamos fortalecer ações de acessibilidade arquitetônica, urbanística, educacional e nas comunicações”.

 

Também participaram do evento representantes de decanatos, o prefeito da UnB Valdeci Reis, diretores de institutos e faculdades, e profissionais do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan).

 

EXECUÇÃO – Com uma área de 64 metros quadrados, o espaço conta com dois banheiros adaptados, um feminino e outro masculino, bem como toaletes de uso comum e um bebedouro. A execução do projeto levou alguns meses, e a obra, que teve custo total de R$ 209 mil, durou 60 dias corridos.

 

“Como foi feito por meio de RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas), ganhou-se em celeridade e tempo de realização”, pontuou Zanella. Responsável pelo projeto inicial, o arquiteto do Ceplan, Julio Lavrador Andréo, explicou que o local não possuía as instalações hidráulicas e de rede de esgoto necessárias, por isso exigiu várias intervenções.

Uma das novidades é o botão de emergência para dar mais segurança ao usuário. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

“Os sanitários para as pessoas com deficiência têm uma área própria, seguindo as normativas mais recentes de acessibilidade”, explicou. De acordo com o arquiteto, antes havia uma cabine específica dentro de banheiro comum. Dentre as melhorias, ele destaca o acesso direto, em que não há tráfego comum dentro de um sanitário e a maior liberdade que o uso exclusivo possibilita.

 

A largura da entrada do ambiente é ampla, o que permite a circulação dos portadores de cadeira de rodas, de pessoas com mobilidade reduzida ou outros tipos de deficiência. Além disso, o banheiro conta com botão de emergência, seguindo uma orientação das novas normas.

 

AVALIAÇÃO – A servidora técnico-administrativa do Decanato de Administração (DAF) Rosilene Rego Coelho é cadeirante e conferiu de perto o novo sanitário. “Achei excelente, tudo dentro dos padrões exigidos e foi possível notar um cuidado em todos os detalhes". 

 

Essa também foi a opinião da estudante de Direito Milena da Silva: “Eu achei muito bom, especialmente esse botão para emergência, é muito interessante”. Para a sua mãe, Jocília da Silva Conceição, isso facilita para a pessoa que pode estar se sentindo mal ou precisar de ajuda.

 

Julio Andréo afirmou que o botão de emergência é uma orientação, não uma obrigatoriedade, mas que foi adotado para garantir mais segurança aos usuários.

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