GESTÃO

Em diálogo com gestores, comunidade da FEF apresentou demandas de infraestrutura e tirou dúvidas sobre orçamento e ações da Reitoria junto ao MEC

Diretor da Faculdade de Educação Física, Fernando Mascarenhas Alves fez um retrospecto da história da unidade. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

A administração superior da Universidade de Brasília esteve, na última sexta-feira (24), na Faculdade de Educação Física (FEF) para uma conversa sobre as principais demandas da unidade e para tirar dúvidas de professores, técnicos e estudantes. No diálogo, foram apresentados dados orçamentários e esclarecimentos a respeito das ações de defesa da Universidade.

O diretor da FEF, Fernando Mascarenhas Alves, fez um retrospecto da história da Faculdade, lembrando do salto quantitativo de estudantes e professores a partir de 2011, em decorrência de adesão ao programa de reestruturação e expansão das universidades federais (Reuni). Na época, os ingressos passaram de 40 para cem por semestre.

"Crescemos com excelência, mantendo destaque nas avaliações do Ministério da Educação", contou. "Mas nosso calcanhar de Aquiles ainda é a questão da infraestrutura, em especial a pista de atletismo e o mezanino", acrescentou. Fernando também reclamou da distribuição orçamentária feita às unidades acadêmicas.

A reitora Márcia Abrahão lembrou que, a despeito da brusca redução orçamentária sofrida pela UnB a partir de 2017 (quando o orçamento discricionário encolheu 45%), a administração aumentou os recursos dos institutos e faculdades. "Com todas as dificuldades, o orçamento das unidades acadêmicas aumentou, em média 20%. No caso da FEF, foi 35%”, disse.

Reitora abordou, entre outros pontos, a atual situação orçamentária da Universidade. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

“Esse aumento mostra o esforço da administração para priorizar as áreas-fim", completou a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi. Em 2016, a Faculdade recebeu R$ 578 mil. Este ano, R$ 762 mil.

A reitora destacou, ainda, os esforços para a continuidade da Bolsa-Atleta, entre outras ações e investimentos na área de esporte e lazer. "Reconhecemos que o esporte é muito importante para a permanência dos nossos estudantes e para a qualidade de vida de servidores técnicos e docentes", frisou.

A secretária de Infraestrutura, Helena Zanella, garantiu ter “um olhar muito atento às questões da FEF”. “Temos projeto, com orçamento já calculado, para dois cenários no caso da pista de atletismo, com uma ou duas pistas. Infelizmente, o recurso (do então Ministério do Esporte) ainda não veio”, frisou. A reitora afirmou que vai trabalhar para a liberação dos recursos do hoje Ministério da Cidadania – do qual faz parte a Secretaria Especial do Esporte.

“No caso do mezanino, o projeto também está pronto e vamos submeter à decisão do Conselho de Administração, que aprecia o plano de obras da UnB desde 2017”, explicou. “Com a queda abrupta dos recursos de investimento do governo federal, precisamos cada vez mais da nossa arrecadação própria para investir, o que inclui obras, livros e equipamentos, pois a universidade tem necessidades inadiáveis, como a obra do mezanino.”

BLOQUEIO A situação orçamentária da UnB também foi debatida durante a visita. O professor Jonatas Maia da Costa perguntou aos gestores sobre a reunião com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, no último dia 16 de maio. A reitora relatou como foi a conversa, destacando que os representantes da Universidade levaram exemplos de projetos realizados pela instituição em parceria com o poder público.

“Um deles, da Faculdade de Direito, vai otimizar a análise de processos no Supremo Tribunal Federal. Outro, coordenado pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face), apresentará caminhos para a melhoria do gasto público”, ilustrou.

O estudante Thaynan Bastos, do Centro Acadêmico de Educação Física, quis saber sobre outras estratégias de enfrentamento. “A gente sabe que há vários ataques à educação em curso e tudo o que vem sendo feito, mas como será nossa reação se o bloqueio persistir?”, questionou.

Chefe de Gabinete, Paulo César Marques falou sobre medidas que estão sendo tomadas em relação ao transporte dos campi. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

“Não estamos trabalhando com a hipótese de manutenção dos cortes. Precisamos da reversão. É por isso que procuramos dialogar com a comunidade acadêmica, para sensibilizar a todos e fazer com que cada um, à sua maneira, nos ajude nesse sentido”, disse a reitora. Márcia Abrahão mencionou as ações da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), de parlamentares e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Nós temos o nosso papel; as entidades representativas têm o seu."

Thaynan questionou também sobre as ações realizadas junto ao governo do Distrito Federal para aumentar a frota da linha 110, que faz o trecho UnB-Rodoviária, sempre com sobrecarga. A reitora e o chefe de Gabinete, Paulo César Marques, relataram ter demandado ao GDF e ao DFTrans a melhoria do transporte para todos os campi.

 

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