OPINIÃO

 

Ludmila Thommen Teles é formada pela Universidade de Cuiabá – Unic, com residência de Clínica Médica no Hospital das Forças Armadas (HFA) e residência de Oncologia Clínica no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Chefe da unidade de oncologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB), preceptora do programa de Residência Médica de Oncologia. Cursando mestrado do Sírio Libanês SP, seu projeto envolve paciente com câncer de mama.

 Ludmila Thommen Teles

 
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, perdendo apenas para o de pele não melanoma. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença no ano de 2021, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por cem mulheres. Em 2019, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), mais de 18 mil mulheres morreram por causa da doença, assim detectar o câncer de mama em estágio inicial é a melhor arma para conseguir a cura e reduzir a mortalidade. Segundo dado do estudo epidemiológico brasileiro Amazona III publicado dia 29 de julho de 2020 na revista Breast Cancer Research and Treatment pelo grupo brasileiro de estudos em câncer de mama, apenas 23,7% das pacientes apresentavam a doença em estádio clínico I. Logo, com o intuito de incentivar o controle do câncer de mama, que o décimo mês do ano, recebeu o nome de Outubro Rosa. A campanha, tem o objetivo de compartilhar informações para promover a detecção precoce e o tratamento da doença.

 

O que é o câncer de mama?


O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada das células da mama. É esse processo que gera células anormais que se multiplicam e formam o tumor. Apesar de ser o tipo mais comum entre as mulheres, os homens também podem ser acometidos, representando apenas 1% do total de casos da doença. Apesar de pouco falado na campanha, a população trans também precisa ser acolhida e inserida no contexto do outubro rosa. Para as mulheres trans o risco está ligado ao uso de hormônios usados para a transição de gênero. Já para os homens trans mesmo aqueles que passam pela mastectomia, não acabam por completo o risco de câncer de mama, embora seja reduzido.

 

Existe prevenção?

 

O câncer de mama não tem uma causa específica. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença sendo que quatro de cada cinco casos acontecem depois dos 50 anos. Quando falamos em prevenção precisamos saber que tem fatores de risco que não conseguimos modificar, tais como: ser mulher, avançar da idade, história familiar da doença, início da menopausa após 55 anos e primeira menstruação antes dos 12 anos e mutação herdada em genes com predisposição ao câncer de mama. Mas também temos os fatores modificáveis que se controlado reduz em 25-30% o risco de câncer de mama. Orienta-se manter uma composição corporal saudável controlando a obesidade, não fumar, não beber, fazer atividade física e cuidar da saúde metabólica.

 

Sinais e sintomas

 

Algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum desses sinais e sintomas. De qualquer forma, é importante que a mulher conheça e esteja sempre atenta aos sinais de seu corpo. Independentemente da idade, estimular o autoconhecimento vai ajudar a identificar se tem algo de anormal com a região da mama e assim procurar atendimento para ser examinada por um especialista.

 

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