OPINIÃO

Maria Júlia Martins Silva é professora do Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas da UnB. É graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula, mestre em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo. 

Maria Júlia Martins Silva

 

No próximo 30 de março de 2021, será celebrado pelo terceiro ano o Dia dos Bivalves de Água Doce da América do Sul. Esta celebração tem o objetivo de conscientizar a população sobre a diversidade e a importância das conchas de água doce do continente.

 

Esta data foi escolhida em homenagem ao aniversário da professora dra. Maria Cristina Dreher Mansur, pioneira nos estudos de bivalves e responsável pela formação de muitos pesquisadores em diferentes áreas de conhecimento que trabalham com estes organismos.
Os bivalves de água doce, conhecidos comumente como mexilhões de rio ou simplesmente conchas, são fundamentais nos ambientes aquáticos continentais, uma vez que se alimentam de bactérias e algas, mantendo as águas limpas. Também são fonte de alimento de peixes e outros animais.

 

A América do Sul, com quase 200 espécies, é o segundo continente em diversidade de bivalves de água doce. Mudanças ocorridas no final do século XX, como transformação do uso de solo, expansão agrícola, construção de barragens para geração de energia e introdução de espécies exóticas invasoras, põem em perigo a maioria das espécies de bivalves. A manutenção da integridade dos ecossistemas aquáticos é vital para a conservação destes animais, que dependem dos peixes para sua reprodução. Os peixes funcionam como “berçários” para as larvas dos bivalves.

 

Desde 2012, um grupo de pesquisadores sul-americanos criou a Bivaas, uma organização internacional que promove o estudo e conservação dos Bivalves da América do Sul.

 

Contato:
Claudia Callil Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Rogerio C.L. dos Santos Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Laboratorio de Ecologia e Conservação de Bivalves
Instituto de Biociências – UFMT Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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