OPINIÃO

Márcia Abrahão Moura é reitora da Universidade de Brasília e professora do Instituto de Geociências. Doutora em Geologia pela UnB.

Márcia Abrahão1

 

A Universidade de Brasília (UnB) tem feito parte do dia a dia da população do Distrito Federal desde a sua criação, há 57 anos. Nesse período, foi responsável pela formação de mais de 145 mil estudantes, na graduação e na pós. Mas a instituição se faz presente, também, na vida de milhares de outras pessoas, mesmo daquelas que não a conhecem de perto.

 

Muitos lembram, por exemplo, de pelo menos um ex-aluno, do resultado de pesquisas e trabalhos desenvolvidos pela UnB ou, ainda, de ter assistido a uma entrevista com um de nossos professores ativos ou aposentados, quase todos doutores.

 

Ao longo dos anos, a universidade cresceu para além do Plano Piloto e se consolidou como uma das melhores instituições de ensino superior da América Latina. Nossa excelência vem sendo reconhecida em avaliações nacionais e internacionais.

 

Temos nota 5, a máxima, no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação e estamos entre as mais conceituadas universidades de países emergentes, segundo um dos indicadores internacionais mais prestigiados, o Times Higher Education (THE). O THE também nos colocou, em 2019, como a oitava melhor universidade do país.

 

Esses resultados decorrem do empenho de nossa comunidade – docentes, estudantes e técnicos, que se dedicam cotidianamente nas salas de aula, laboratórios, trabalhos de campo, hospitais e escritórios, em diversos tipos de atividades. Com seu esforço, eles ajudam a universidade no cumprimento de sua missão institucional e na busca de soluções democráticas para os problemas nacionais.

 

Uma de nossas atribuições mais notáveis é a formação de graduados para o exercício profissional. Todos os semestres, cerca de 4,2 mil de novos estudantes passam a fazer parte da UnB, renovando a comunidade acadêmica. A eles, oferecemos não apenas conteúdo de excelência, mas também uma formação pautada pela cidadania e pelo exercício do pensamento crítico.

 

Já nos primeiros semestres, os estudantes têm a oportunidade de entrar em contato com a pesquisa acadêmica, grande propulsor do desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil. Depois de formados, podem continuar seus estudos em um dos 96 programas de pós-graduação da universidade, que possui, ainda, 3.558 projetos de pesquisa e 528 grupos certificados.

 

A UnB também está em permanente interação com a sociedade por meio das atividades de extensão. Há cerca de 450 projetos e programas de extensão ativos – que enriquecem a formação de nossos estudantes.

 

Os projetos podem variar de oficinas de saúde e qualidade de vida com idosos a visitas nas escolas de ensino médio para estimular meninas a se aproximarem da área de exatas – em uma grande variedade de ações, de interesse de diversos grupos sociais.

 

Estamos também ampliando, cada vez mais, a parceria internacional. Atualmente, 2% de nossos estudantes são estrangeiros e mantemos aproximadamente 300 acordos internacionais, com países de todos os continentes.

 

Embora o volume de ações e resultados seja enorme e de grande repercussão na vida das pessoas, muitas vezes isso não chega ao conhecimento do público como sendo iniciativa da UnB. É por conta disso que estruturamos uma campanha institucional de valorização e visibilidade do que é produzido pela universidade.

 

"A campanha, denominada UnB, sua linda – meu orgulho é você, vigente ao longo de 2019, vai reunir histórias e relatos de pessoas que participam, de diversas formas, das atividades promovidas pela instituição. Tudo em um formato curto, simples e interessante".

 

Grande parte desse material será reunido em uma conta de Instagram (@unbsualinda), que passa a ser diariamente atualizada a partir de hoje. As pessoas também poderão compartilhar suas próprias histórias na rede, interagindo por meio da #unbsualinda.

 

Pela campanha, também estão sendo planejadas palestras, rodas de conversa, oficinas e seminários, abertos a toda a sociedade. Convido a todos a participarem desse movimento; afinal, a UnB é um patrimônio do Distrito Federal e do Brasil e, nas palavras de nosso fundador Darcy Ribeiro, tem a vocação de “ser uma universidade completa”.

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¹Reitora da Universidade de Brasília (UnB).

Publicado originalmente no Metrópoles em 11/3/2019.