SEMINÁRIO

Expectativa é fortalecer programas para próxima avaliação da Capes. Oito oficinas integram a programação do terceiro seminário organizado pelo DPG

 

Pesquisadores e coordenadores de programas de pós-graduação participaram do seminário de avaliação promovido pelo DPG. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A UnB possui 93 programas de pós-graduação (PPGs), que somam mais de 7 mil alunos. Para encarar o desafio de manter e elevar a qualidade da pesquisa na instituição, o Decanato de Pós-Graduação (DPG) realiza seminários periódicos desde 2017. A terceira edição teve início nesta segunda-feira (1º) e tem programação até 19 de outubro.

 

Até lá, acontecem as chamadas oficinas de grandes áreas, novidade trazida nesta edição do seminário. Os encontros vão reunir programas inseridos em grupos temáticos, com objetivo de intensificar a definição de estratégias para o crescimento dos cursos de acordo com afinidades.

 

As oficinas serão realizadas em quatro dias (4/10, 8/10, 15/10 e 19/10), nos períodos da manhã e da tarde, totalizando oito sessões, divididas nas seguintes áreas: Ciências Agrárias e Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; Engenharias; Linguística, Letras e Artes; e Multidisciplinar.

 

Ao introduzir a novidade, a decana do DPG, Helena Shimizu, explicou que a organização por áreas segue a lógica da transversalidade. “Assim, é possível criar bases sólidas das vocações científicas da UnB e fortalecer os programas menores”, aponta. 

 

“As oficinas vão ocorrer em torno de perguntas norteadoras para as discussões, que serão focadas nas grandes áreas, permitindo maior interação entre os programas afins”, acredita o coordenador de Monitoramento e Avaliação do DPG, Gerson Cipriano.

 

POTENCIALIDADES O primeiro dia do seminário contou com diversas apresentações sobre as perspectivas da pós-graduação na UnB, os desafios de formação, a ciência e a tecnologia no Brasil, os indicadores científicos e outras abordagens. A decana Helena Shimizu exaltou o esforço recente da Universidade em aproximar os PPGs. “Nosso compromisso tem sido ouvir mais do que falar, tentando ter conhecimento das necessidades de cada programa."

Decana de Pós-Graduação, Helena Shimizu abordou as perspectivas da pós-graduação na UnB. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Em sua apresentação aos coordenadores, Shimizu destacou as principais ações do DPG, como informatização de processos, adoção do matrícula web, revisão e implantação da Resolução Cepe nº 80/2017 – que possibilita mais flexibilidade aos programas – e ampliação dos recursos por meio de editais elaborados em parceria com a Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).

 

A decana reforçou ainda a importância de fortalecer o Programa de Iniciação Científica. “É preciso descobrir formas de captar melhores talentos para a pesquisa, estudantes de graduação que tenham potencial para a atividade científica e docência”, afirmou.

 

Para ela, o foco na qualidade da formação deve ser sempre a meta principal dos programas. “Não basta formar cada vez mais pesquisadores, temos também que considerar a capacidade autônoma de produção do conhecimento dos mestres e doutores que aqui se formam”, sintetizou.

 

INTERNACIONALIZAÇÃO – Um dos pilares do Plano de Internacionalização da UnB é a associação entre a pós-graduação e a pesquisa. “Boa parte das atividades científicas da Universidade vêm diretamente da pós-graduação”, frisou a diretora de Pós-Graduação do DPG, Adalene Moreira. 

Exposição da professora Adalene Moreira tratou de estratégias de internacionalização. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

“A internacionalização prevê não apenas mais oportunidades de mobilidade acadêmica com outros países e instituições do exterior, mas também com a indústria”, lembrou. Na opinião da docente, o impacto da produção científica pode ser ampliado a partir da aplicação dos resultados de pesquisa para a sociedade.

 

Para ratificar a capacidade da UnB em alcançar patamares mais altos internacionalmente, Adalene enumerou potencialidades. “A Universidade tem o terceiro programa de pós-graduação mais antigo do Brasil, está no centro do poder decisório do país e próxima dos organismos internacionais e de representações de nações estrangeiras."

 

Com a seleção no edital Capes-PrInt, a instituição espera aumentar em 30% o número de alunos na pós-graduação, bem como o apoio a pesquisadores para publicações e oferta de capacitação a docentes e discentes.

 

TECNOLOGIA A SERVIÇO – Sempre com o objetivo de melhorar os resultados da UnB na avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Decanato de Pós-Graduação passou a adotar um sistema de monitoramento da qualidade dos seus cursos. 

Para professor Gerson Cipriano, aplicativo é uma ferramenta de comparação sistematizada com outras universidades. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Elaborado pelo professor Alan Ricardo da Silva, coordenador adjunto de Monitoramento e Avaliação do DPG, o software foi premiado pelo CNPq há poucos meses como melhor aplicativo de análise automática da plataforma Lattes.

 

“O software, que já foi disponibilizado aos pesquisadores, avalia internamente os docentes com produção de destaque”, resumiu Gerson Cipriano.

 

Outra ferramenta de comparação institucional desenvolvida na UnB será apresentada durante o seminário. “Neste caso, o aplicativo faz uma análise externa, comparando com outros programas similares, possibilitando monitorá-los a partir da base de dados da plataforma Sucupira”, esclarece o coordenador de Monitoramento e Avaliação.

 

De modo geral, o docente avalia que os seminários de avaliação promovidos pelo DPG têm tido uma recepção muito positiva na comunidade acadêmica. “Os coordenadores contam com o apoio institucional e não precisam agir de forma individualizada. Isso possibilita mais segurança, inclusive para justificar algumas ações junto aos seus pares.”

 

>> Relembre o seminário promovido pelo DPG em julho

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