ÓRGÃOS COLEGIADOS

Órgão consultivo está previsto no estatuto da Universidade, mas não tem funcionado com regularidade ao longo dos anos

 

451ª reunião do Consuni marcou aprovação da composição do Conselho Comunitário da UnB, órgão consultivo previsto no estatuto da instituição. Foto: Thaíse Torres/Secom UnB

 

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade de Brasília, reunido nesta sexta-feira (4) em sua 451ª edição, aprovou a composição do Conselho Comunitário da UnB. A aprovação representa um marco histórico, uma vez que a existência do órgão consultivo está prevista no artigo 20 do estatuto da instituição, mas seu funcionamento era esparso.

“A aprovação do Conselho Comunitário pelo Consuni, sem nenhum voto contrário, representa uma vitória da democracia na UnB, ao implantar o último conselho superior previsto no estatuto”, destacou a reitora Márcia Abrahão. O Conselho Comunitário chegou a funcionar durante poucos anos, de 2010 a 2012, mas estava desativado desde então.

Com a retomada das atividades do órgão, a reitora ressaltou que expectativas da comunidade acadêmica e da administração superior por formas e estruturas mais efetivas de interação da UnB com a sociedade tendem a ser atendidas. O artigo 21 do estatuto da Universidade indica os representantes que devem fazer parte deste órgão, entre os quais estão membros da Reitoria, servidores, estudantes e entes da sociedade civil. A minuta de resolução levada ao Consuni nesta sexta detalha estas indicações.

Entre as representações aprovadas para formar o Conselho, estão integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Governo de Brasília e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além de membros Câmara e do Senado, entre outros.

O Consuni desta sexta referendou ainda a indicação dos membros titulares para o Conselho Consultivo do Parque Científico e Tecnológico (PCTec) da UnB. Os membros suplentes devem ser apresentados na próxima reunião, prevista para acontecer em 8 de junho.

OUTRAS MANIFESTAÇÕES – Durante os informes do Consuni, a reitora Márcia Abrahão e o vice-reitor Enrique Huelva relataram as condições em que encontraram o prédio da Reitoria após sua desocupação, ocorrida na última segunda-feira (30). “Tenho certeza que as consequências de atitudes depredatórias com as quais nos deparamos ao inspecionar o edifício não são compatíveis com estudantes que buscam defender a Universidade”, disse a reitora.

“Recebi relatos de diversos setores e funcionários que tiveram seu íntimo violado com a subtração de pertences pessoais. Isso para mim é insólito e surpreendente”, acrescentou o vice-reitor Enrique Huelva, referindo-se ao desaparecimento de objetos, particulares e patrimoniados.

Representantes das faculdades de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV), de Comunicação (FAC), de Direito (FD), de Planatina (FUP), do Departamento de Antropologia (DAN) e do Instituto de Ciências Humanas (IH), bem como outros conselheiros, manifestaram apoio à forma como foram conduzidas as negociações que culminaram na desocupação do prédio da Reitoria. “Gostaríamos de parabenizar a administração superior na condução do diálogo. Achamos que esta foi a melhor solução”, disse a professora Liliane Machado, da FAC.

Os conselheiros também debateram sobre a realização de piquetes de greve no campus Darcy Ribeiro nesta semana. Muitos manifestaram indignação com a ação de parte dos estudantes grevistas de bloquear prédios, interromper aulas e coagir membros da comunidade. "A greve deve se construir pelo convencimento e não pela força. Esse é o exercício democrático", lembrou a reitora, reafirmando o compromisso por manter o funcionamento da Universidade em perfeita ordem.

 

Matéria editada em 9/5 para acréscimo do link da Resolução do Consuni 22/2018.

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