INSTITUCIONAL

Documento reúne análises sobre atividades e processos desenvolvidos na instituição. Informações subsidiam gestão da UnB em ações de melhoria

Comunidade é questionada sobre desempenho das atividades da instituição por meio de instrumentos diversos de avaliação. Foto: Arquivo/Secom UnB

 

A autoavaliação é um importante instrumento para o autoconhecimento da instituição, além de ser termômetro para questões que necessitam ser melhoradas na gestão universitária. Ao longo do ano de 2016, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Universidade de Brasília, composta por pessoas dos três segmentos acadêmicos e da comunidade externa, realizou uma série de ações internas com discentes, docentes e técnicos-administrativos para reflexão e análise das atividades e dos processos que envolvem a UnB. Os resultados estão reunidos no Relatório de Autoavaliação Institucional 2016, disponível no site do Decanato de Orçamento, Planejamento e Avaliação Institucional (DPO).

 

Entre os dados coletados, constam questões relacionadas a planejamento, avaliação e desenvolvimento institucional, às políticas acadêmicas e de gestão e à infraestrutura da Universidade. As análises levam em consideração as informações do Fórum de Avaliação da CPA, da Pesquisa de Egressos e os resultados da Avaliação Discente – questionário sobre a percepção dos alunos em relação ao desempenho dos docentes, às disciplinas e às condições de oferta – e da Consulta à Comunidade Acadêmica. A partir do diagnóstico desses quesitos, o documento aponta propostas para o desenvolvimento da instituição que possam subsidiar as decisões tomadas pela gestão da UnB.

 

Segundo a diretora de Avaliação Institucional e Informações Gerenciais do DPO, Cláudia Griboski, os instrumentos utilizados pela CPA se orientam pelos eixos do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) e estão previstos no Plano de Autoavaliação da Universidade, que será reelaborado neste ano, com vigência de 2017 a 2019. Além disso, o relatório avalia as metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UnB. “Nesse ano de construção do PDI, o relatório de autoavaliação é um instrumento que tem de ser visitado. Ele demonstra quais são as ações que devemos prever nos próximos cinco anos e que vão concorrer em melhorias decorrentes dos processos de avaliação”, afirma. 

Cláudia Griboski destaca a importância da participação da comunidade nas avaliações para a sugestão de melhorias na Universidade. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

RESULTADOS – Em 2016, a instituição se destacou especialmente no desempenho em avaliações externas e rankings. Pelo segundo ano consecutivo, a UnB foi considerada a melhor universidade do Centro-Oeste e a nona melhor do país, segundo o Ranking Universitário Folha. Além disso, manteve o conceito máximo no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC/MEC), alcançado no ano anterior.

 

Outro avanço importante foi a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que trouxe melhorias para a gestão de processos e documentos institucionais. No entanto, as análises também constataram a falta de participação da coletividade nos processos e fóruns de autoavaliação. "Precisamos sensibilizar a comunidade acadêmica para que entenda que esse é um processo importante para a melhoria", comenta Cláudia.

 

Também estão disponíveis no documento os resultados da Consulta à Comunidade Acadêmica. A pesquisa demonstrou aumento de 173% nas respostas em relação ao ano anterior. No total, 3.051 discentes, 480 técnicos-administrativos e 465 docentes participaram e puderam opinar sobre a gestão da Universidade em diversos quesitos. Qualidade do ensino, serviços oferecidos, infraestrutura, planejamento estratégico e capacitação fazem parte dos temas questionados. A consulta, referente à 2016, foi realizada por plataforma online entre janeiro e fevereiro deste ano.

 

Um dos pontos destacados foi a satisfação dos discentes com as diversas atividades acadêmicas, artísticas e desportivas em sua formação. A percepção da comunidade quanto às melhorias na infraestrutura na Biblioteca Central também foi positiva.

 

Por outro lado, a infraestrutura da instituição em geral foi um dos aspectos mais criticados pela comunidade. Cerca de 50% dos respondentes a avaliaram como negativa em aspectos como segurança, estacionamentos e iluminação nos campi. Os participantes discordaram ainda da afirmação de que há incentivo para a participar da definição das políticas de gestão – entre eles, 44% eram discentes, 48% docentes e 59% técnicos-administrativos.

 

MEDIDAS – A partir dos resultados obtidos, a CPA pretende realizar, já no próximo semestre, visitas às unidades acadêmicas, com o intuito de apresentar as informações e discuti-las com a comunidade. As reflexões contribuirão no planejamento de ações locais de melhoria. “Espera-se que a comunidade acadêmica se utilize desse relatório, seja via coordenação dos cursos ou a direção dos institutos e faculdades, núcleos e centros estruturantes, para promover ações que sejam de seu interesse”, diz Cláudia. Além disso, os dados serão aproveitados em avaliações externas realizadas pelo Ministério da Educação.

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