COOPERAÇÃO

Especialista utiliza estímulos elétricos para devolver movimento a pacientes com lesão na medula. Parceria prevê intercâmbio de pesquisadores

Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB

 

O Núcleo de Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e Inovação (NTAAI) recebeu, no final do ano passado, a pesquisadora francesa Christine Coste. Especializada em tecnologias robóticas, a engenheira usa técnicas de eletroestimulação para ajudar pessoas com deficiências motoras.

 

Na UnB, ela está ajudando a desenvolver neuropróteses para paraplégicos e tetraplégicos. Para isso, série de simulações tem sido feita nos laboratórios de Análise do Movimento e de Automação e Robótica das Faculdades de Ceilândia (FCE) e de Tecnologia (FT), respectivamente.

 

“Tudo o que a gente produz pode ser aplicado”, diz Coste. "O que a gente quer é ver os benefícios da pesquisa serem revertidos para o paciente", completa.

 

A visita faz parte de cooperação com o laboratório de informática, robótica e microeletrônica (Lirmm, na sigla em francês) em que Coste trabalha em Montpellier, na França. A ideia é intensificar a parceria com a instituição francesa por meio do intercâmbio de pesquisadores.

 

"Esta colaboração marca a internacionalização do PPGCTS e do PPGCR, bem como do NTAAI, núcleo de pesquisa vinculado à Faculdade de Ceilândia, que agrega mais de nove departamentos em três campi da UnB", destaca o professor Emerson Martins, coordenador do Núcleo.

 

 

 

NTAAI – Criado em 2011 na UnB com o objetivo de desenvolver tecnologias capazes de ajudar pessoas com deficiência, a iniciativa reúne estudantes e profissionais de diversas áreas, como Engenharia, Letras e Física. O grupo faz parte da Rede Nacional de Núcleos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologia Assistiva.

 

Entre os projetos em curso, Martins cita o Vertátil, que busca otimizar processos de impressão por serigrafia, tendo em vista impressos inclusivos, e o TrikerEMA, tricicleta para pessoas com paraplegia em que o pedal é ativado por movimentos naturais e artificiais, via eletroestimulação dos músculos paralisados.

 

"Equipe franco-brasileira deve competir no Cybathlon em outubro deste ano na Suíça", anima-se Martins. Ele explica que, ao contrário das Paralimpíadas, no Cybathlon, o uso de alta tecnologia é incentivado.

 

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