EXCELÊNCIA

300 milhões serão distribuídos entre as 25 instituições selecionadas. Edital foi direcionado para fortalecer programas de excelência

Assessora especial da Vice-Reitoria, Ana Helena Rossi apresenta Plano de Internacionalização no Cepe. Foto: Amália Gonçalves/Secom UnB

 

A comunidade acadêmica tem mais um motivo para comemorar: a UnB foi selecionada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para receber recursos do Programa de Institucional de Internacionalização (PrInt). Com o objetivo de desenvolver e implementar a internacionalização em áreas de conhecimento escolhidas pelas universidades selecionadas, o programa investirá, no quadriênio 2019-2022, 300 milhões de reais ao longo de quatro anos. As propostas de internacionalização submetidas pelas instituições foram avaliadas por pesquisadores de alto nível, do Brasil e do exterior.

 

Com o Plano de Internacionalização da UnB e agora com a aprovação do edital Capes PrInt, a expectativa é melhorar ainda mais o desempenho de nossas pesquisas. "A internacionalização é uma das grandes responsáveis pelo fortalecimento de programas de pós-graduação e por seu reconhecimento dentro e fora do país, fazendo a Universidade seguir em posição de destaque em ensino, ciência e inovação no cenário mundial", considera a decana de Pós-Graduação (DPG), Helena Shimizu.

 

Na Universidade de Brasília, o Plano de Internacionalização – aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) em 26 de abril deste ano – foi construído por meio da articulação entre Vice-Reitoria, decanatos, coordenadores de unidades, Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) e Secretaria de Comunicação (Secom). “Nossa chamada foi para pensar o plano de baixo para cima, em uma metodologia que pudesse integrar as áreas próximas do conhecimento e fortalecer não somente as parcerias internas, mas os contatos internacionais de cada uma”, relata o vice-reitor, Enrique Huelva.

 

Durante a elaboração do projeto de Internacionalização enviado à Capes, foi estabelecido um comitê composto por coordenadores de unidades internas e representantes de universidades dos Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha, especialistas nas áreas de Ciências Exatas e Tecnologia, Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Vida e da Saúde.

 

A decana de Pesquisa e Inovação (DPI), Maria Emília Walter, reforça que foi estabelecido trabalho colaborativo para o desenvolvimento de soluções em temas abrangentes e agregadores. "Os recursos do programa Capes PrInt apoiarão ainda o movimento institucional de agregação interna de grupos de pesquisa, com potencial de gerar inovação, consolidando parcerias internacionais", assegura.

 

Após estudar a fundo os programas de pós-graduação com notas 5, 6 e 7, o comitê estabeleceu seis grandes temas que abarcam as pesquisas desenvolvidas e representam a vocação da Universidade. A ideia é desenvolver, nesses quatro anos, projetos de pesquisa que agreguem vários programas de pós, de preferência, com uma perspectiva interdisciplinar.

 

Uma das exigências do plano era a existência de um comitê gestor com ao menos um membro internacional; a UnB definiu dois membros da instituição e dois membros externos por área. A incumbência do comitê gestor será a de administrar os recursos recebidos por meio do programa, que serão distribuídos por meio de editais. "Isso demonstra o quanto é estratégico para a UnB estabelecer parcerias internacionais, para que continuemos fazendo ensino, pesquisa e extensão de qualidade, comprometidos com o desenvolvimento do Brasil", pontua a reitora Márcia Abrahão.

 

O PLANO — Entre os destaques trazidos pelo documento, que faz parte do planejamento estratégico da UnB, está o fortalecimento da política de ensino de línguas na instituição, com foco em trabalhar o idioma do ponto de vista da pesquisa. Também compõe a iniciativa um projeto abrangente de acolhimento e alojamento de docentes e discentes advindos do exterior e a transversalidade de grupos, redes e projetos de pesquisa no âmbito supranacional.

 

Outro ponto a ser reforçado é a cooperação Sul-Sul e o fortalecimento da extensão por meio de projetos como o de residência artística. A iniciativa da Casa da Cultura da América Latina (CAL), ligada ao Decanato de Extensão (DEX), consiste em convidar artistas do mundo para virem fazer seus projetos de obras na UnB.

 

A criação de uma lista de disciplinas em língua estrangeira e a ênfase na divulgação do ensino da língua portuguesa para estrangeiros estão na proposta. Além disso, a integração dos alunos beneficiados por bolsas do Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G) está na pauta das ações de internacionalização, com plano de acolhimento, atividades e teatro. São estudantes de países em desenvolvimento que cursam universidades públicas federais via convênio promovido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e pelo Ministério da Educação (MEC).

 

Segundo dados levantados pelo estudo, no período entre 2013 e 2017, a produção científica dos professores do quadro permanente da instituição alcançou 15.578 publicações em periódicos qualificados, sendo mais da metade internacionais (54%), o que coloca a Universidade entre as mais produtivas no Brasil. Um impacto interessante descoberto pelo mapeamento relaciona-se ao tipo de produção. A partir de 2012, acentuaram-se aquelas com colaboração de autores estrangeiros, enquanto os artigos de autoria única diminuíram.

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