LITERATURA

Recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, o escritor, ex-professor e ex-aluno da UnB conversou com estudantes sobre suas obras

 

Novo membro da ABL, João Almino conversou com estudantes da FAC nesta quarta-feira (29). Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Nesta quarta-feira (29), o escritor e diplomata João Almino esteve no auditório Pompeu de Sousa da Faculdade de Comunicação (FAC). Escolhido no início de março para integrar a Academia Brasileira de Letras (ABL), o autor falou de suas obras literárias em evento cujo nome foi inspirado por suas obras: O Quinteto de Brasília e Enigmas da Primavera.

Na oportunidade, Almino, que estudou e lecionou na Universidade, conversou com os alunos sobre o motivo de ter escolhido Brasília como tema de seus romances.

INSPIRAÇÃO – Natural de Mossoró, Rio Grande do Norte, João Almino se considera um autor de duas raízes, uma potiguar e outra brasiliense. O escritor veio morar ainda jovem na capital e adotou Brasília como cidade e como cenário das suas obras.

O primeiro romance, Ideias para onde passar o fim do mundo, de 1987, retrata uma Brasília à beira de grandes mudanças, onde os personagens vivem situações limite em suas vidas pessoais e nos processos políticos.

Auditório Pompeu de Sousa recebeu a visita de João Almino. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Personagens que se cruzam nas narrativas são uma característica de seus livros. Perguntado sobre como administrar essa dinâmica, Almino destacou a naturalidade como ingrediente para que as tramas não se confundam.

“Dentro dos livros, os personagens se encontram e interagem uns com os outros, mas sem causar dúvidas para quem ler. A sensação maior é que eles fazem participações especiais dentro dos livros, até porque não existe uma cronologia específica em cada obra”, explicou.

ABL – Durante o encontro, Almino falou também sobre ser o novo ocupante da cadeira 22 da Academia Brasileira de Letras. “É uma grande honra ter sido eleito, mas também uma grande responsabilidade perante essa importante instituição e, de maneira mais ampla, perante a sociedade”, disse.

O escritor destacou os 120 anos da ABL e sua influência na difusão cultural no país. “Mesmo a instituição não tendo o seu próprio pensamento, os acadêmicos que estão ali contribuem para o enriquecimento histórico e cultural do país, trabalhando juntos”, opinou.

HOMENAGEM – Na semana passada, a Faculdade de Comunicação inaugurou uma sala de visionamento que leva o nome do cineasta e ex-professor da Universidade Vladimir Carvalho. O espaço é destinado a estudantes, professores e técnicos que desejem assistir filmes e promover debates.

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