PREVENÇÃO

Segunda edição do evento tem rodas de conversa voltadas para públicos específicos

 

gRUPO SEGURANDO CARTAZES AMARELOS PARA O II ABRAÇAÇO
Voluntários do II Abraçaço. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

O II Abraçaço UnB – semana do Abraçaço UnB em Prevenção ao Suicídio, representada pela cor amarela – se estenderá até sexta-feira (16). Criado em 2015 por um grupo de alunos, o evento foi ampliado este ano. A iniciativa pretende chamar atenção para o assunto, considerado tabu por muitas pessoas.

 

<< Confira a programação do II Abraçaço UnB

 

“Não se discute suicídio fora das rodas de conversa fechadas da Psicologia, então decidimos trazer o tema para a comunidade, que muitas vezes fica perdida ao chegar ou vivenciar a Universidade”, afirma a estudante de Psicologia e idealizadora do projeto, Amanda Régis.

 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a quarta maior causa de morte no mundo e, a cada dez casos, nove poderiam ser prevenidos com ajuda voluntária ou profissional. O dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

 

“Pensei o Abraçaço após um curso no Centro de Valorização da Vida. Estava no segundo semestre e o evento acabou nascendo de uma forma muito intuitiva – começamos com o abraço. Este ano, pudemos organizar mais eventos, com rodas específicas para estudantes negros e LGBT, por exemplo”, conta Amanda.

 

O primeiro evento do II Abraçaço foi uma caminhada pelo ICC em que voluntários distribuíram abraços. Antes da saída, os estudantes orientaram uns aos outros sobre como abordar o público e deixar as pessoas à vontade para quererem ser abraçadas ou não. “É importante lembrar que nem sempre o suicídio está ligado à não valorização das coisas boas da vida; os problemas psicológicos causam dor real e, ao abordarmos as pessoas, precisamos ser sensíveis a isso”, ensina a idealizadora do projeto.

 

Isabela Olinto e Vitor Gomes, também alunos de Psicologia, fizeram parte da primeira edição do evento. Segundo eles, foi uma experiência muito recompensadora. “Me lembro especialmente da reação do pessoal da limpeza e da jardinagem, que é muito invisibilizado”, conta Isabela. “Eles acharam que não iríamos abraçá-los, mesmo eles sendo parte da comunidade universitária”, completa a estudante.

 

“O abraço mais recompensador que dei na outra edição foi um em que a pessoa me respondeu com ‘obrigada, eu estava mesmo precisando’”, diz Vitor. “Espero poder fazer isso por alguém novamente”.

 

<< Faça o download gratuito do livro Suicídio e os Desafios da Psicologia, do Conselho Federal de Psicologia