ADMINISTRAÇÃO

Respostas apontam percepção pública sobre os serviços e a infraestrutura da Universidade de Brasília

Foto: Edu Lauton/UnB Agência

 

Aprovação estudantil expressiva das atividades de iniciação científica, extensão e monitoria e percepção comunitária crítica das condições de segurança e das instalações sanitárias. Esses são alguns dos resultados obtidos pelo Decanato de Planejamento e Orçamento (DPO/UnB) a partir de consulta direcionada a estudantes, professores e técnicos. Os questionários foram respondidos pela internet por 1.399 pessoas no início deste ano. As informações devem contribuir para o planejamento da administração e estão disponíveis a avaliadores externos.

 

A consulta apresentou perguntas específicas a cada um dos segmentos da comunidade acadêmica. Ao todo, 32 aspectos foram examinados. Com o reconhecimento de mais de 90% entre os estudantes, os itens mais bem avaliados são as contribuições de seminários e congressos, e as ações de iniciação científica, monitoria e extensão para a formação universitária. A aprovação corresponde aos que afirmam ter participado dessas atividades.

 

A importância da UnB para o desenvolvimento socioeconômico do Distrito Federal foi destacada de forma positiva por 84% dos respondentes, que também analisam como boa a imagem da instituição. Entre os serviços, o melhor desempenho fica com a Biblioteca Central, aprovada por mais de 70% da comunidade.

 

Ilustração: Marcelo Jatobá/UnB Agência

 

Confira o extrato da consulta e os resultados completos

 

Com reprovação dos três segmentos, as condições de segurança dos campi desagradam a 79% dos respondentes. A infraestrutura de banheiros, criticada por cerca de 60%, e as condições de acessibilidade, mal avaliadas por outros 51%, estão entre os principais alvos de insatisfação. Professores e técnicos também foram críticos às ofertas de ações de capacitação.

 

“Essa ainda é uma avaliação em aprimoramento, mas que já nos traz dados importantes. Ela aponta as impressões da comunidade e evidencia os problemas que temos de enfrentar com firmeza”, afirma o reitor da UnB, Ivan Camargo. Em linhas gerais, o gestor diz que compartilha das críticas. “Há problemas acumulados por anos, que demandam trabalho permanente para solucioná-los. Temos enfrentado cada um deles, com a consciência de que só conseguiremos superá-los com muito trabalho e com o apoio da comunidade acadêmica”.

 

Ilustração: Marcelo Jatobá/UnB Agência

 

O reitor aponta os investimentos em segurança e as revisões de contratos e de serviços da Prefeitura dos Campi como exemplos dos esforços para combater os pontos criticados na avaliação. Resposta da administração ao resultado da consulta está anexa ao documento do DPO.

 

Na análise de Ivan Camargo, os aspectos positivos da consulta e o entendimento da representatividade da UnB “são mais um indicativo da importância da Universidade e do orgulho dos que estudam nela”.

 

METODOLOGIA – O questionário de múltipla escolha da consulta variava a opção de respostas de acordo com a área pesquisada. O item infraestrutura, por exemplo, admitia cinco avaliações: péssimo, ruim, regular, bom e ótimo. Perguntas sobre serviços ofereciam alternativas que variavam de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”. A partir das respostas, o DPO elaborou um extrato em que definiu as avaliações como negativas ou positivas.

 

“Além de servir à administração, essa consulta é um importante instrumento para facilitar o acesso às informações pelos avaliadores externos”, explica Júnia Falqueto, diretora de Avaliação e Informações Gerenciais (DAI/DPO). Coordenadora da pesquisa, ela ressalta a participação da comunidade. “Quem responde tem a sensação de contribuir e fica mais motivado para acompanhar o resultado desse trabalho”, diz ela, que também agradeceu a “ajuda imprescindível” do Diretório Central de Estudantes na divulgação da pesquisa.

 

Os estudantes foram o segmento mais numeroso na pesquisa, com 576 participações. Houve ainda 460 respostas de técnico-administrativos e 363 de docentes. A consulta foi aberta a toda a comunidade entre os meses de fevereiro e março.

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