IMÓVEIS

Proposta de administração de compossuidores está em debate e permitiria que os próprios condôminos gerissem e fiscalizassem serviços de zeladoria, limpeza, manutenção de elevadores e segurança

 

A administração da Universidade de Brasília realizou, na última quarta-feira (20), uma segunda roda de conversa com os representantes dos blocos residenciais da instituição, a respeito da proposta para um novo formato de gestão condominial dos imóveis. Na oportunidade, foram esclarecidas dúvidas sobre quais aspectos ficariam a cargo do condomínio e quais continuariam sob responsabilidade da UnB.

Reunião foi realizada no salão de Atos da Reitoria. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

De acordo com a proposta, chamada de administração de compossuidores, a taxa de manutenção – hoje paga à Universidade – seria diretamente recebida e administrada por cada bloco.

Com isso, os moradores seriam responsáveis pela gestão e fiscalização de serviços como limpeza, segurança, portaria e elevadores. Também teriam mais agilidade e flexibilidade para selecionar e definir os contratos para essas atividades. Reformas estruturais continuariam sendo feitas pela Universidade. O modelo já é adotado pelo Exército, pela Aeronáutica e pela Marinha.

“Percebemos que outros órgãos administram melhor seus imóveis e, por isso, decidimos trazer a proposta para os moradores, que reclamam muito da qualidade do serviço prestado atualmente”, contextualizou a reitora Márcia Abrahão. “Mas ninguém será obrigado a nada. Se vocês quiserem manter o funcionamento como está, sem problemas”, frisou.

A reitora destacou, ainda, que a proposta não tem o objetivo de transferir a responsabilidade da UnB para os moradores. “Se houver qualquer tipo de desconfiança nesse sentido, não façam a adesão”, alertou. “Não temos nenhuma intenção subjetiva com isso, queremos apenas melhorar a qualidade e a agilidade do serviço prestado”, acrescentou, lembrando que o pedido de mudança partiu dos próprios moradores.

PAGAMENTO – Uma das principais inquietações dizia respeito à possibilidade de o modelo abrir brechas para a inadimplência de condôminos – o que não ocorre hoje, uma vez que tanto a taxa de ocupação (equivalente ao aluguel) quanto a de manutenção (que corresponde ao condomínio) são descontadas da folha de pagamento dos servidores.

O secretário de Gestão Patrimonial, José Augusto Fortes, esclareceu que o desconto pode continuar sendo feito na administração de compossuidores, com a diferença de que os valores da taxa de manutenção serão pagos para o condomínio, organizado como uma associação. “Não deve haver uma redução das taxas, apenas uma maior flexibilidade para o controle dos recursos”, disse.

Os moradores pediram que as atribuições do condomínio e da Universidade fiquem bem especificadas. “É preciso deixar muito claro, no termo de ocupação assinado pelo morador, quais são as condições”, disse Lorena Gonçalves Bastos, representante do bloco C da Colina.

Uma nova reunião foi marcada para o dia 27 de março. A Secretaria de Gestão Patrimonial (SGP) se comprometeu a convidar um administrador de uma associação que adota o modelo, no Exército ou na Marinha, para tirar dúvidas dos presentes. “Estamos todos aprendendo como fazer isso e realizaremos quantas reuniões forem necessárias para que todos se sintam esclarecidos”, garantiu José Augusto.

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