COMUNIDADE

Diálogo sobre oferta de bolsas e auxílios é demanda de estudantes e também uma das propostas da gestão

Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Representantes da administração superior e de estudantes da UnB participaram, nessa terça-feira (10), da primeira reunião da Comissão Especial Permanente de Assistência Estudantil (Cepae). A criação da comissão foi uma das demandas do movimento que ocupou a Universidade no fim do ano passado.


“Esse tema, contudo, já fazia parte da nossa agenda de gestão. Abrir esse espaço de diálogo com a comunidade era uma das nossas prioridades para conduzir os trabalhos”, explicou o decano de Assuntos Comunitários, André Reis.


Durante a reunião, realizada no Salão de Atos do prédio da Reitoria, a Diretoria de Desenvolvimento Social (DDS/DAC) apresentou os números referentes às bolsas e aos auxílios oferecidos, nos últimos dois anos, aos cerca de 5 mil alunos atendidos pela assistência estudantil da UnB.


De acordo com a DDS, aproximadamente R$ 1,5 milhão é investido por mês nos programas, sendo a maior parte do dinheiro usada para alimentação, auxílio socioeconômico e moradia.

 

Comissão para discutir assistência estudantil reuniu-se pela primeira vez Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB


“A ideia é, neste primeiro momento, discutir a viabilidade do aumento do valor das bolsas. A previsão é que a comissão tenha uma resposta para essa questão até abril deste ano”, disse o decano André Reis. “Outras ações relacionadas à assistência estudantil também serão avaliadas em diálogo permanente com estudantes, técnicos e professores”, ressaltou.


No encontro, os estudantes tiraram dúvidas sobre os recursos destinados à assistência e deram sugestões para melhoria dos programas.


“O número de estudantes que vêm de regiões periféricas aumenta a cada ano. Para evitar evasão, os alunos que dependem das bolsas deveriam recebê-las assim que ingressam no curso”, observou Richardson Kennedy, aluno do 5º semestre de Sociologia. Ele reclama que muitos só têm acesso ao auxílio depois do início das aulas. Para a estudante do 8º semestre de Ciências Naturais Ravena Carmo, é preciso melhorar o controle de qualidade nos restaurantes da Universidade. “Acho que pagamos caro pela refeição servida."


Aberta a toda a comunidade acadêmica, a próxima reunião da Cepae está marcada para o dia 28 de março, também no Salão de Atos. Além de discutir a possibilidade do aumento do valor das bolsas e recursos dos programas, haverá espaço para falar sobre temas sugeridos pelos alunos. Os estudantes devem eleger representantes no início do semestre letivo.


Cepae – Criada em dezembro do ano passado – pela Resolução da Reitoria 121/2016 –, a comissão possui caráter consultivo e deve subsidiar as decisões da Câmara de Assuntos Comunitários (CAC/DAC). A Cepae é formada por seis membros da administração superior da UnB e seis estudantes eleitos, que participam dos programas de assistência estudantil. Estudos técnicos, elaboração de programas, fiscalização do cumprimento de prazos e metas e audiências públicas para divulgação dos resultados estão entre as atribuições da Cepae.


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